O Ministério Público (MP) entrou com uma ação civil pública nesta sexta-feira (2) contra o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, por suposto envolvimento em esquema de propinas na área de transporte coletivo durante a administração Celso Daniel – prefeito da cidade assassinado em janeiro de 2002. Ele nega as acusações.
O MP quer o bloqueio dos bens de Carvalho, do PT e de outras seis pessoas que teriam participado do suposto esquema. Segundo o Ministério, os empresários seriam obrigados a pagar R$ 500 mensais por ônibus para poder operar no município. O bloqueio é uma forma de garantir o ressarcimento – calculado em R$ 5,3 milhões – e o pagamento de uma possível multa prevista em casos de improbidade administrativa.
Os promotores acusam o PT de ser um dos beneficiários do esquema e, por isso, o partido foi incluído na ação. Segundo o MP, Gilberto Carvalho, que era secretário de governo de Daniel na época, seria o encarregado de levar o dinheiro obtido no esquema até o partido.
O Ministério quer ainda a suspensão dos direitos políticos e o impedimento de participação em licitações públicas dos acusados.
Gilberto Carvalho disse por meio de sua assessoria que só vai se pronunciar quando tiver conhecimento da ação e que reitera declarações anteriores sobre o caso e nega todas as acusações. Afirmou ainda que está com sua "consciência tranqüila".
A assessoria do PT informou que o partido não tem conhecimento da ação e vai aguardar mais elementos para se manifestar.
Redação Terra