O deputado Moroni Torgan (PFL-CE), relator do Conselho de Ética da Câmara, recomendou nesta quarta-feira a cassação do mandato do deputado Vadão Gomes (PP-SP), acusado de envolvimento no escândalo do mensalão.
Vadão Gomes é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em dinheiro do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. A quantia teria sido repassada ao parlamentar nos dias 5 de julho e 16 de agosto de 2004, em um hotel em São Paulo. O deputado nega as denúncias e garante que nem esteve na capital paulista nessas datas.
Em sua defesa na sessão desta quarta-feira, Vadão Gomes disse que nada foi comprovado contra ele. “Existe um crime, não há cadáver, não há arma e o local é duvidoso”, afirmou há pouco.
Moroni Torgan não aceitou as explicações. “Todas as denúncias que envolveram Marcos Valério e Delúbio foram comprovadas”, afirmou o relator.
O deputado Nelson Trad (PMDB-MS) pediu vistas do processo, e a votação do parecer não deve ocorrer hoje.
Novos integrantes
O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), informou nesta quarta-feira os nomes dos novos integrantes do PPS no órgão. O deputado Cláudio Magrão (SP) assume, como titular, a vaga deixada por Júlio Delgado (MG). Delgado saiu do conselho em protesto contra as absolvições em plenário de parlamentares acusados de envolvimento com o mensalão.
Uol
Mensalão:Relator recomenda a cassação de Vadão Gomes
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