O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse hoje que a oposição só pensa em desestabilizar o Planalto e trabalha para “estrangular o governo” com objetivos eleitorais. A estratégia de atacar a oposição foi adotada após as denúncias contra o governo de violar o sigilo do caseiro Francenildo Costa, que desmentiu Antonio Palocci (Fazenda) ao dizer que viu o ministro na casa alugada por seus ex-assessores de Ribeirão Preto em Brasília.
“Creio que isso [desestabilizar o governo] seja o objetivo da oposição, que só pensa nisso. Que só pensa em como desestabilizar o governo, o ministro Palocci, o presidente Lula para criar condições de competitividade na eleição”, disse o ministro ao comentar o rumo das investigações da CPI dos Bingos sobre denúncias envolvendo o ministro Antonio Palocci (Fazenda).
Segundo ele, a oposição também está trabalhando para “estrangular” o governo ao não votar o orçamento de 2006. “Daqui a pouco talvez seja o caso de não votar mais o orçamento e deixar como está”, disse Marinho ao comentar que a demora inviabiliza a realização de convênios para dar andamento aos programas do governo.
“Daqui a pouco não pode fazer convênio nenhum mais. Esse ano é um ano de seis meses. A oposição está trabalhando para estrangular o governo. Não vota o orçamento para não sobrar espaço para os convênios que os ministérios têm que fazer com os municípios, com os Estados.”
O ministro afirmou que “a inteligência do mercado” não permitirá essa desestabilização, porque a economia brasileira já demonstrou “maturidade”.
Marinho, que criticou ainda a demora do Congresso em votar o projeto de lei que eleva o salário mínimo de R$ 300 para R$ 350 a partir de 1º de abril, acusou a oposição de estar “dispersando esforços com assuntos que não sejam do interesse tão real da sociedade brasileira, como a CPI dos Bingos.”
Fonte: Folha Online
