Política

Mantega descarta reformas na Previdência

Brasil não necessita de mais reformas no seu sistema previdenciário e de seguro social, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega

O Brasil não necessita de mais reformas no seu sistema previdenciário e de seguro social, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em sua primeira entrevista concedida a um órgão de imprensa estrangeiro. “O que nós precisamos é de melhor gerenciamento”, disse Mantega ao jornal Financial Times, da Inglaterra.

“Essa é uma afirmação extraordinária”, classificou Christian Stracke, analista de mercados emergentes da consultoria americana Credit Sights. “Mais uma rodada de reformas no seguro social era uma das pedras fundamentais da equipe econômica que saiu. Era uma certeza de todos no mercado financeiro que reformas estruturais mais intensas eram uma prioridade”, disse.

Os gastos estimados com o aumento no salário minimo – R$ 5 bilhões ao ano – podem ser cobertos por ganhos de eficiência e ações mais duras contra fraudes, disse Mantega. Segundo o FT, os comentários do ministro sugerem uma pausa na rigidez da política fiscal de seu antecessor, Antonio Palocci, e contraria os interesses de investidores internacionais, que querem que o Brasil efetue reformas estruturais para crescer mais rapidamente. O jornal também destacou que o mercado brasileiro reagiu mal ao anúncia do nome de Mantega.

Segundo o Financial Times, a posição de Mantega é oposta a de Palocci. “Mas Mantega descartou quaisquer mudanças nas ‘eficientes e bem-feitas’ políticas executadas por Palocci, e disse que o Brasil está em uma ‘situação estruturalmente nova, que está consolidada’, que vai permitir crescimento do PIB, neste ano, de 4% a 5%”.

O jornal britânico também fez um prognóstico de qual será a reação do mercado internacional às eleições de outubro. “Uma reforma fiscal é urgente”, disse ao FT Nuno Camara, economista da consultoria Dresdner Kleinwort Wasserstein. “Não há como adiar mais. O déficit no seguro social é um problema iminente e Levy [Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro] fez um excelente trabalho ao deixar isso claro para todo mundo”.

Camara prevê que os mercados vão fazer uma forte pressão sobre quem quer que seja o vitorioso em outubro. “Os mercados vão reagir fortemente se o próximo governo assumir e não se pronunciar sobre uma reforma fiscal”, disse. “Isso vai se refletir no aumento dos juros pagos por empresas brasileiras que tomarem empréstimos no exterior”, disse.


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