Primeira mulher a assumir a presidência da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho tomou posse hoje (dia 30), no Ministério da Fazenda. Funcionária do banco há 22 anos, era superintendente de Desenvolvimento e Estratégias Empresariais – onde cuidava de todo o planejamento da empresa. Presidiu a diretoria executiva da instituição e também atuou como membro do Comitê Estratégico de Captação e Aplicação e do Comitê de Ética da CAIXA.
Natural de Recife (PE), Maria Fernanda foi gerente da agência Marcos Freire, em sua cidade natal, e também gerente regional de Apoio ao Desenvolvimento Urbano, no mesmo município. Mais tarde, transferida para a matriz da CAIXA, em Brasília (DF), ocupou o posto de superintendente nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, na vice-presidência de Desenvolvimento Urbano e Governo. Tornou-se, ainda, representante da CAIXA na Comissão de Responsabilidade Social da Febraban e do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade.
Graduada em jornalismo, a nova presidente da CAIXA tem especialização em finanças empresariais e gestão pública, pelo IBMEC, com mestrado em administração, métodos e técnicas, pela Universidade de Pernambuco (UPE) e cursando pós-graduação em Excelência Humana.
Segue a íntegra do discurso de posse.
Excelentíssimo senhor Ministro de Estado da Fazenda, Guido Mantega,
Senhoras e Senhores,
Colegas da CAIXA
Ser designada, pelo excelentíssimo senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidenta da Caixa Econômica Federal é uma grande honra para minha vida profissional. É um passo importante para a equidade de gênero. Sou a primeira mulher a dirigir esta secular instituição.
Sinto-me orgulhosa e confiante em enfrentar o grande desafio de dirigir esta empresa que está presente na vida de milhões de brasileiros.
Afinal, trata-se da segunda instituição financeira do País em ativos da ordem de 189 bilhões de reais.
Com 15.200 pontos de atendimento, está presente em todos os 5.562 municípios do Brasil.
Maior agente de implementação de políticas públicas do Governo Federal, apenas em 2005, a CAIXA transferiu para Estados e municípios o montante de 115 bilhões de reais, o que representa 6% do PIB, em créditos às pessoas física e jurídica, habitação, saneamento, pagamento de direitos e benefícios sociais, como o FGTS e o Bolsa Família. Para este ano, devemos alcançar a cifra de 135 bilhões de reais, o dobro do ano de 2002.
Não há sequer um município deste imenso Brasil que não tenha uma obra acompanhada pela CAIXA.
Em sintonia com sua vocação histórica, a CAIXA, no governo do Presidente Lula, foi reorientada a cumprir realmente sua missão institucional de banco público. De ir além da intermediação financeira e prestação de serviços e, efetivamente, se constituir em um agente de fomento do desenvolvimento econômico e social, gerando riquezas, distribuindo renda e reduzindo as desigualdades interpessoais e inter-regionais.
Fruto desta orientação, atingimos resultados acima das expectativas. Na expansão do crédito, que cresceu 128% entre 2002 e 2005, foram 35,8 bilhões de reais, possibilitando a inclusão de quatro milhões de brasileiros, que passaram a ter acesso ao crédito e ao sistema financeiro.
Na habitação, no ano passado, tivemos o melhor resultado dos últimos 12 anos, com investimentos de 9 bilhões de reais. E as contratações realizadas até o dia de ontem, mostram que já crescemos 115% em relação ao mesmo período de 2005, indicando um forte aumento da demanda. O que reflete de imediato na cadeia da construção civil, sabidamente grande geradora de empregos. Aliás, apenas no 1º bimestre, 36 mil empregos formais foram criados no setor.
Esses resultados e a conquista de novos clientes e mercados – inclusive em outros países, como Estados Unidos, Japão e Portugal – asseguraram a sustentabilidade desejada, diante de um cenário de redução progressiva das taxas de juros.
Ainda assim, sei que é necessário ampliar nossa competitividade, melhorar nosso desempenho, evoluir em nossas relações de trabalho e aprimorar ainda mais a qualidade de atendimento aos nossos milhões de clientes.
A CAIXA, senhor Ministro, está mobilizada para colaborar no esforço de ampliação dos investimentos em todas as esferas da economia e a reduzir as taxas de juros. Vamos continuar a oferecer as taxas mais competitivas do mercado, sem descuidar um só momento dos programas sociais sob nossa gestão; especialmente o Bolsa Família, cujos resultados, na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de quase dez milhões de famílias, são hoje incontestáveis.
Agradeço a confiança do Presidente Lula e do Ministro Guido Mantega para conduzir a CAIXA. Junto comigo estarão 70 mil colaboradores com elevado espírito público e competência técnica comprovada.
Muito obrigada a todos.
Mantega dá posse à primeira presidente da caixa
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