O vice-prefeito de João Pessoa Manoel Junior (PSB), disse estar
surpreso com a decisão do Ministério Público Eleitoral, no que diz
respeito à cassação de sua candidatura a Deputado Federal.
Ele recebeu a notícia na manhã desta terça-feira (09) em Brasília,
onde cumpre uma agenda política até à tarde desta quarta (10), quando
retorna a João Pessoa.
"As acusações não têm consistência, são muito vagas. Estou com a
consciência tranqüila e amparado pela justiça. Tudo será esclarecido
conforme a lei" e acrescentou, "Todas as minhas campanhas foram
limpas, cumprir todos os prazos da lei eleitoral e não vou aceitar
acusações infundadas. Não fui eu que utilizei de manobras para comprar
votos, nem tão pouco a máquina administrativa com a distribuição de
cheques da FAC (Fundo de Amparo Comunitário) e nunca usei de forma
ilegal ou escusa para chegar onde cheguei. Tudo que tenho foi fruto do
meu trabalho. Nos 10 anos e 3 meses como prefeito de Pedras de Fogo,
tive as contas aprovados pelo TCE. Sempre estive ocupado com minhas
responsabilidades, tanto como deputado Estadual e Vice-prefeito de
João Pessoa. Estou preparado para o curso de 4 anos com Deputado
Federal e tranqüilo, pois tenho certeza que todas as injustiças serão
reparadas", declarou o vice-prefeito.
Para o advogado de Manoel Junior, Dr. Carlos Fábio, a decisão do
processo fica a cargo do Tribunal de Contas da União (TCU) e que ele
ainda está em tramitação.
"Perante a lei, todo o cidadão tem o direito de defesa ampla, já que a
constituição permite isso. O MPE agiu de forma prematura, fazendo
juízo de valor. A decisão final só poderia ser dada pelo TCU e após o
encerramento do processo, mas isso não aconteceu, o processo está
aberto, totalmente em trânsito", explicou.
Outro ponto que o advogado destacou foi que o MPE foi infeliz em
afirmar e fundamentar a situação dizendo que o recurso ingressado por
Manoel Junior foi protelatório. "Isto nunca aconteceu, pois em nenhum
momento Manoel Junior utilizou de manobras para ludibriar a justiça.
Na minha opinião, o que estar acontecendo é um exagero por parte do
MPE", e assegurou "o mandato de Manoel Junior não corre nenhum risco".
Assessoria
