Política

Maílson da Nóbrega compara Guido Mantega a Antônio Palocci e faz ressa

Ex-ministro da Fazenda diz que “se Guido manter a postura que tinha quando criticava a política de juros do Banco Central o resultado será preocupante”

Em entrevista ao Portal ClickPB, o ex-ministro da fazenda, Maílson da Nóbrega declarou aprovar a indicação de Guido Mantega para a pasta de Palocci, porém faz ressalvas. “Guido deve manter a política austera de Palocci, se isso não for feito e ele continuar com a postura que teve ao criticar a política de juros do Banco Central, o resultado será preocupante, tudo dependerá do seu relacionamento com o Banco Central”, enfatizou Maílson.

Em João Pessoa/PB, para o lançamento do seu livro (O Futuro já chegou), Maílson recebeu os cumprimentos de dezenas de paraibanos na noite desta segunda-feira (27), na livraria Cicciliano no Manaíra Shopping. Segundo Maílson, “o Brasil está no rumo certo, apesar de o nome do meu livro ser uma contradição, já que o futuro nunca chega, acho que já iniciamos um ciclo de desenvolvimento que deve permanecer em definitivo”, comentou.

Sobre o pedido de afastamento de Antônio Palocci, o ex-ministro afirmou que “foi um gesto de grandeza, ele não tinha mais condições políticas de permanecer no cargo. Seguramente será lembrado como um dos melhores ministros da Fazenda do Brasil”, disse.

Em um momento mais contundente da entrevista, Maílson desabafou que “Palocci foi muito importante por convencer o PT a praticar o modelo econômico que se encontra vigente, caso contrário as idéias antigas do partido seriam um desastre para a economia”, disparou.

A blindagem da economia, para que não seja atingida pela crise política é considerada positiva pelo ex-ministro, ele afirma que “a economia estar blindada, não significa que nada possa acontecer, porém o Brasil criou instituições que impedem o uso populista de situações como esta”, assegurou.

Currículo de Guido Mantega

Formado em economia na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, Guido Mantega era professor de economia da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas desde 1981.

Fez doutorado em Sociologia do Desenvolvimento na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, com especialização no Institute of Development Countries (IDS) da Universidade de Sussex, Inglaterra em 1977.

Professor de Economia no curso de mestrado e doutorado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP de 1984 a 87. Diretor de Orçamento e Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo, de 1982 a 1992.

Membro da Coordenação do Programa Econômico do PT nas eleições presidenciais de 1984, 1989 e 1998, é Assessor Econômico do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde 1993 e um dos coordenadores do Programa Econômico do PT na campanha de 2002.

Publicou dezenas de artigos em revistas como Revista de Economia Política, Estudos CEBRAP e Teoria em Debate.

Livros publicados: “Acumulação Monopolista e Crises no Brasil”, Editora Paz e Terra, 1981; “A Economia Política Brasileira”, Vozes, 1984; “Custo Brasil – Mito ou Realidade”, Vozes, 1997; “Conversas com Economistas Brasileiros II”, Editora 34, 1999, entre outros.

Guido Mantega nasceu em Gênova, Itália, no dia 7 de abril de 1949. Foi Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão até 18 de novembro de 2004, quando foi nomeado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para exercer o cargo de Presidente do BNDES.

Janildo Silva
ClickPB

COMPARTILHE

Bombando em Política

1

Política

Em meio a impasse sobre emendas, Lula se reúne com paraibano Hugo Motta, favorito na corrida pela Câmara

2

Política

Pollyanna Dutra afirma que pretende retornar à Assembleia Legislativa da Paraíba em 2026

3

Política

João Azevêdo descarta reforma administrativa em janeiro e nega ter feito convites a Zezinho do Botafogo e Marinaldo Cardoso

4

Política

João Azevêdo declara que candidatura ao Senado é “plano A” e revela cobrança do Governo Federal para participar da disputa em 2026

5

Política

Reeleitos, prefeitos de João Pessoa e Campina Grande tomam posse na próxima quarta-feira