O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta terça-feira, durante reunião do conselho político da coalizão, que o governo poderá ter prejuízos no Congresso se não conseguir reunificar sua base de apoio após a disputa pela presidência da Câmara, que conta com dois candidatos governistas.
Segundo o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), Lula deixou claro que terá que fazer "a adequação político-partidária dentro do governo" para recompor a base.
Aos aliados, Lula lamentou a divisão da base na disputa entre Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), e fez um apelo para que os partidos estejam unificados na votação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Apesar da dupla candidatura governista na Câmara, Temer demonstrou otimismo na recomposição da base ao fim da disputa. "Depois de quinta-feira vamos acertar os ponteiros", afirmou.
"O ideal seria a coalizão se revelar politicamente neste momento. Se não se revelar agora, será depois. O fim de semana [após a eleição] será para curar eventuais feridas", avaliou Temer.
Folha Online