O Ministério da Saúde será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao grupo do PMDB que conseguir oferecer ao governo uma Liderança confiável dentro da Câmara. Os peemedebistas estão sempre rachados quase ao meio e devem escolher o novo líder nesta quarta-feira, dia 5.
Ao condicionar o loteamento do Ministério da Saúde à eleição do novo líder do PMDB na Câmara, Lula abre de uma vez a porteira para tentar conquistar os peemedebistas. Embora os deputados dessa sigla sejam usualmente chamados de governistas e oposicionistas, a divisão é mais complexa.
Há entre os chamados oposicionistas os que adoram uma sinecura num ministério, seja qual for o presidente da República. É com isso que conta Lula.
A expectativa nem é mais trazer o PMDB inteiro para uma aliança eleitoral, mas pelo menos garantir tranqüilidade dentro da Câmara até o final do mandato.
O PMDB contava até a semana passada com 3 ministérios: Saúde, Comunicações e Minas e Energia.
O deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG) deixou a pasta da Saúde para concorrer na eleição de outubro. Os outros dois continuam lá: Hélio Costa (Comunicações) e Silas Rondeau (Minas e Energia).
A pasta da Saúde está interinamente ocupada por um interino. Com a sua devolução a um grupo amplo de deputados do PMDB, Lula acredita que pacifica esse partido para ter um final de mandato suave dentro do Congresso.
Uol- Blog do Fernando Rodrigues
