Justiça suspende reunião do PSOL e apoio a Cartaxo segue indefinido
Em uma nota emitida no fim da manhã desta terça-feira (20), o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) negou que tenha cometido violência política de gênero contra a deputada estadual Cida Ramos (PT).
Conforme trouxe o ClickPB mais cedo, coletivos de mulheres do partido emitiram uma nota em que lamentavam supostos episódios de violência de gênero cometidos pelo ex-prefeito da capital.
Cida e Cartaxo estão protagonizando uma disputa no PT para definir quem deve ser o nome da majoritário do partido nas Eleições 2024 em João Pessoa.
- Mulheres do PT saem em defesa de Cida Ramos e acusam Luciano Cartaxo de violência política de gênero
“Com grande surpresa e tristeza recebi estas acusações infundadas ao meu respeito. Não há qualquer registro de declaração pública ou privada da minha parte proferindo qualquer discurso desrespeitoso à também pré-candidata a prefeita, a companheira Cida Ramos”, diz trecho da nota emitida por Luciano.
“A violência de gênero e a violência política de gênero são questões seríssimas e não devem ser usadas para fins políticos, apoiadas em fatos inexistentes. Enquanto deputado tenho trabalhado para contribuir no combate a estas violências”, traz outra parte da nota.
Ainda de acordo com o petista, a declaração de que ele teria cometido violência de gênero, e que não teria ocorrido, “não engrandece o debate democrático acerca do potencial da candidatura que o nosso partido pode apresentar para melhorar a vida da população da Capital”.
| Confira íntegra da nota emitida pelo deputado Luciano Cartaxo:
“Com grande surpresa e tristeza recebi estas acusações infundadas ao meu respeito. Não há qualquer registro de declaração pública ou privada da minha parte proferindo qualquer discurso desrespeitoso à também pré-candidata a prefeita, a companheira Cida Ramos. Da minha parte o que existem são afirmações sobre a viabilidade eleitoral entre as duas pré-candidaturas, questionamento feito repetidas vezes em entrevistas à imprensa paraibana. A violência de gênero e a violência política de gênero são questões seríssimas e não devem ser usadas para fins políticos, apoiadas em fatos inexistentes. Enquanto deputado tenho trabalhado para contribuir no combate a estas violências. Por isso apresentamos Projetos de Lei em defesa das mulheres, como a PL 181/23, que protege a mãe-solo contra a discriminação no trabalho, e o PL 618/23, que incentiva a participação das mulheres na construção civil.
É com profundo lamento que recebo essa declaração, que, além de esvaziar uma pauta que é séria e urgente, não engrandece o debate democrático acerca do potencial da candidatura que o nosso partido pode apresentar para melhorar a vida da população da Capital. Fui prefeito de João Pessoa, eleito e reeleito. Entreguei uma série de obras na saúde, na educação e no urbanismo, tendo concluído a gestão com 70% de aprovação, o que reforça minha viabilidade política frente aos futuros candidatos, independente se estes são homens ou mulheres. É neste contexto que reforço minha viabilidade política, que em nada tem a ver com promoção de violência de gênero. São argumentos racionais, baseados em números e pesquisas”.
Luciano Cartaxo
