Após ser cobrada pela militância do PDT por estar longe de Ciro Gomes e em alinhamento com Lula, pré-candidato a presidente pelo PT, Lígia Feliciano disse que o PDT nacional permitiu o diálogo com todos os partidos. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade desta quarta-feira (19), a vice-governadora também revelou ter vontade, como pré-candidata a governadora, de montar ‘palanque duplo’ para Ciro e Lula na Paraíba.
“Acho interessante porque o PDT é um partido aberto. Tivemos várias discussões, a Executiva Estadual se reuniu, se definiu, a Nacional, o presidente [Carlos] Lupi veio várias vezes aqui, deu entrevistas, nesse encaminhamento de candidatura própria, deixando abertura para a gente dialogar com todos os partidos. E eu vejo como um ponto da democracia”, disse a vice-governadora, conforme apurou o ClickPB, sobre a carta dos filiados do PDT que a cobraram por apoio a Ciro Gomes.
Ainda segundo Lígia Feliciano, em relação a Lula e Ciro, “eu sonho pela união e não pela divisão. Lula e Ciro são dois grandes nomes nordestinos, que tiveram juntos na transposição do Rio São Francisco, que salvou a Paraíba num momento mais crítico. Então eu sonho no maior número possível de apoios para essa coligação. Então eu vou até o fim.”
Sobre por qual partido será candidata a governadora, Lígia explicou se candidatar pelo PDT, mesmo em diálogo com outros partidos. “Eu sou do PDT, inclusive sou vice-presidente nacional do PDT. Serei candidata pelo meu partido, o PDT. O que está acontecendo são diálogos, conversas, encaminhamentos. E não é só aqui. Veja o exemplo do Ceará: lá o governador Camilo é do PT e aliado de Ciro Gomes, do PDT.”
Em relação à possibilidade de Ricardo Coutinho ser candidato a senador por sua chapa, a vice-governadora disse que “é uma possibilidade. Eu tenho dialogado com o PT e o partido tem colocado Ricardo Coutinho como um pré-candidato a senador. Eu fui vice-governadora dele durante quatro anos e esse projeto do qual eu fiz parte foi que elegeu o governador João Azevêdo e eu estive perto para contribuir com a continuidade desse projeto.”
Lígia também negou haver rompimento com o governador João Azevêdo. “Não sou de romper, de brigar, sou de defender ideias.”