O senador Amir Lando (PMDB), que no domingo anunciou sua pré-candidatura ao governo de Rondônia, afirma que ele e outros adversários políticos do governador Ivo Cassol (PPS) estão sendo perseguidos por “arapongas” subordinados ao secretário de Segurança do Estado, major Evilásio Sena.
Em entrevista à Folha, Lando disse que tem “informações de terceiros” de que foi seguido por um policial há cerca de 15 dias, quando estava em uma cidade do interior de Rondônia, e de que é monitorado constantemente quando está em Porto Velho. Ele também afirmou que telefones estão sendo grampeados.
“O que há em Rondônia é uma perseguição sistemática por parte do governo, no sentido de amedrontar os candidatos”, disse Lando. O senador classifica a ação como um “mecanismo truculento”, feito às custas do “aparelho do Estado”. Ele afirmou que está reunindo provas da espionagem contra ele e outras pessoas, para solicitar que o Senado convoque Sena para prestar depoimento.
Outro lado
O secretário de Segurança de Rondônia, Evilásio Sena, disse que nenhum órgão vinculado à sua secretaria “jamais investigou qualquer político”, e atribuiu as declarações de Lando a uma tentativa de “criar uma situação eleitoreira”, já que o senador acabou de anunciar a pré-candidatura ao governo de Rondônia. “Cabe a ele, agora, provar.”
Sobre a intenção de Lando de convocá-lo a depor no Senado, Sena disse que “aquela Casa não pode perder tempo com situações políticas corriqueiras do Estado”, mas afirmou que está disposto a ir a Brasília.
Sena disse também que está tentando ter acesso às fitas gravadas pela imprensa local durante encontro do PMDB em Rondônia, no domingo, no qual Lando teria feito as acusações de espionagem, e que pode acionar o senador na Justiça.
O assessor de imprensa do governador Ivo Cassol disse que ele não vai se manifestar sobre as denúncias de Lando, por entender que elas são apenas uma “precipitação da campanha política”.
Fonte: Folha Online