O inquérito sobre a Nossa Caixa, que está com o Ministério Público, revelaria contradições e indícios que sugerem que o gerente do departamento de marketing do banco, Jaime de Castro Júnior, demitido por justa causa no fim de 2005 pela acusação de “mau procedimento, desídia e indisciplina”, foi a vítima exclusiva de uma investigação que não apurou corretamente o papel de outros executivos do banco, instalados em posições de maior responsabilidade.
Autoridades ligadas ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, candidato à Presidência, sustentam que todas as responsabilidades foram definidas e nenhuma dúvida restou para ser esclarecida. A Nossa Caixa é acusada de ter gastado durante 18 meses R$ 42,5 milhões em publicidade com base em contratos vencidos. Ao investigar os valores gastos sem contrato, o banco só foi capaz de comprovar despesas de R$ 37 milhões, informou o jornal O Estado de S. Paulo. Não se conseguiu descrever o destino de R$ 5,5 milhões.
Uma reconstituição das investigações demonstraria que a direção da Nossa Caixa só foi preocupar-se com as despesas sem contrato depois que, em março de 2005, recebeu um requerimento de informações assinado por Candido Vacarezza, deputado do PT, conhecido caçador de malfeitorias com dinheiro público – desde que cometidas pelas siglas adversárias. Dirigido à presidência do banco, o papel de Vacarezza andou de mão em mão até pousar na mesa de Castro Júnior.
Redação Terra
Investigação sobre Nossa Caixa estaria incompleta
Ao investigar os valores gastos sem contrato, o banco só foi capaz de comprovar despesas de R$ 37 milhões
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