O presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse, pedirá nesta sexta-feira aos partidos políticos representados no Parlamento que escolham alguns de seus membros para formar um conselho, a fim de redigir uma nova Constituição para o país.
Em reunião realizada hoje com os chefes dos meios de comunicação locais em sua residência oficial, Rajapakse disse que o conselho terá o acompanhamento de uma equipe de advogados, nomeada por ele, e a minuta final da Constituição será enviada à guerrilha tâmil para aprovação.
Rajapakse disse que uma nova Constituição para o Sri Lanka será um esforço de seu Governo para encontrar uma solução ao conflito étnico no norte e no leste da ilha, onde os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) controlam 35% do território onde se concentra a etnia tâmil.
Segundo a Constituição atual, o Governo cingalês não pode atribuir maior autonomia a nenhuma entidade. Por isso, Colombo ainda não atendeu à reivindicação do LTTE de mais autonomia para as regiões sob seu controle.
Vários analistas locais e internacionais pediram em diferentes ocasiões que o Governo cingalês modifique a Constituição, para garantir os direitos da população tâmil e preservar a unidade do país através de um entendimento definitivo com o LTTE.
Rajapakse disse hoje que gostaria de assegurar que o modelo da constituição não seguirá a estrutura das leis de nenhum outro país.
No entanto, a violência continua no leste da ilha, onde hoje dois funcionários do partido político tâmil Eelam People”s Democratic foram assassinados a tiros no distrito de Vavuniya por supostos rebeldes do LTTE.
Além disso, uma granada foi lançada contra o escritório do partido na cidade de Batticaloa, também no leste da ilha, deixando um dos ativistas ferido.
EFE
Governo do Sri Lanka fará nova Constituição para resolver crise
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