A Federação Internacional de Futebol (Fifa) e a Associação Mundial de Jornais (WAN, na sigla em inglês) chegaram a um acordo para acabar com as restrições sobre os direitos de difusão de fotografias na internet durante a Copa do Mundo da Alemanha, anunciou nesta segunda-feira a WAN em um comunicado.
O acordo foi alcançado após um encontro entre o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o diretor da WAN, Timothy Balding, que também representou várias agências de notícias, entre elas AFP, AP, Reuters, Getty Images, DPA e EPA.
“Na atualidade, praticamente todos os jornais importantes possuem uma edição on-line”, declarou Blatter. “Compreendemos que as fotografias e o texto devam ser submetidos às mesmas regras com o objetivo de que a gestão da informação seja transparente e respeite a liberdade de imprensa”, ressaltou.
“Estou satisfeito de que tenhamos sido capazes de corrigir a posição inicial e atender desta forma às solicitações justificadas da WAN”, acrescentou o presidente da Fifa.
A Fifa havia proibido em um primeiro momento a publicação durante as partidas das fotografias do Mundial (que será disputado entre 9 de junho e 9 de julho) nos sites da internet, incluindo as pertencentes aos jornais.
Após as partidas, também não era permitido exibir mais de cinco fotos de cada tempo, nem mais de duas da prorrogação, incluindo nesta última parte do jogo as disputas de pênaltis.
No dia 1º de março, a Fifa havia rejeitado qualquer negociação com a WAN e as agências, argumentando que “os regulamentos sobre a difusão de fotografias na internet não podiam ser objeto de novas negociações, já que Fifa e Infront (empresa que adquiriu o conjunto dos direitos de difusão para o Mundial-2006) já haviam chegado o mais longe que podiam (nas concessões)”.
Mas após este acordo alcançado com a WAN, Blatter disse que as conversas “foram construtivas e refletiram a intenção da Fifa de chegar a um entendimento bom para todos”.
Balding informou que “a WAN e a imprensa mundial agradecem calorosamente esta sábia decisão de Blatter, da qual se beneficiarão dezenas de milhões de leitores de web sites de jornais em todo o mundo”.
AFP
