A grande festa realizada pela Força Sindical para comemorar o Dia do Trabalho deve ser marcada pelas críticas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, como já afirmou o presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
“Vamos tratar da questão do imposto, porque o brasileiro nunca pagou tanto imposto; vamos falar dos juros, porque os juros nunca estiveram tão altos, fazendo com que não tenha produção, e sem produção não tem emprego. E vamos criticar muito a política econômica do governo Lula”, disse Paulinho.
Gilberto Kassab (PFL), prefeito da cidade de São Paulo, já passou pela praça Campo de Bagatelle, onde se realiza a festa. “É um evento importante, onde todos os brasileiros homenageiam os nosso trabalhadores. A gente se sente gratificado de poder ajudar”, disse ele aos jornalistas.
Pouco depois, discursando nos mesmos termos no palco da festa, ouviu o público ensaiar uma vaia. “Não fui vaiado. Eu não ouvi vaia, eu fui muito bem recebido”, comentou o prefeito, que só falou por cerca de dois minutos.
Também no palco, Paulinho continuou as críticas ao governo. “Ele [Lula] está no mundo da lua. Ele está viajando muito, não conhece a história do Brasil. Os empregos que foram criados foram empregos regulamentados, pessoas que estavam na informalidade, e passaram a ter carteira assinada. O salário mínido de R$ 350 foi uma conquista das centrais sindicais, uma conquista das categorias, e o Lula fica capitalizando o que nós fizemos”.
O ex-governador do Estado de São Paulo e candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, era esperado na festa, mas não comparecerá.
Segundo Paulinho, foram investidos R$ 2,2 milhões no evento, recursos que vieram do patrocínio de várias empresas.
A expectativa dos organizadores é de um milhão de pessoas participem da festa, que sorterá cinco apartamentos e 10 automóveis e terá shows musicais até as 18h.
Fonte: Folha Online