O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, preparava-se na quinta-feira para comemorar, com um ato público, seus três anos de governo, e a expectativa é que ele convocasse um amplo pacto político.
Kirchner conta com uma popularidade de quase 80 por cento, e crescem as especulações sobre a possibilidade de ele tentar a reeleição no ano que vem.
A histórica Plaza de Mayo, no centro de Buenos Aires, deve receber até 100 mil pessoas para a manifestação pró-Kirchner, segundo os organizadores.
“Será uma festa. Muitas coisas foram conquistadas nesses três anos, mas o ato também servirá como compromisso com o que falta realizar”, disse o ministro do Interior, Aníbal Fernández.
Mauricio Macri, da oposição, criticou o ato público e classificou-o como uma demonstração de forças “para mostrar quem pode ficar mais perto do presidente”.
Começavam a chegar à praça famílias inteiras, carregando bandeiras argentinas, enquanto o presidente saudava, na sede do governo, representantes diplomáticos de vários países.
Kirchner percorreu cerca de 200 metros no meio da multidão para assistir a uma cerimônia na Catedral Metropolitana.
O dia 25 de maio é feriado na Argentina. “Viemos porque o presidente quis, viemos apoiá-lo”, disse um jovem que afirmou morar na Província de Tucumán, no norte do país. A oposição alega que muitos dos manifestantes recebem dinheiro ou são atraídos com viagens e comida grátis.
A manifestação contará com a apresentação de vários artistas e vem sendo alvo de forte propaganda nos últimos dias. A imprensa local afirmou na quinta-feira que Kirchner proporá um pacto político, mas fontes do governo insistiram que não se falará de reeleição durante o ato.
Kirchner assumiu o poder em 2003, quando o país se esforçava para sair de um de seus piores momentos políticos, sociais e econômicos da história moderna, com a crise institucional do fim de 2001, na qual a Argentina chegou a ter cinco presidentes diferentes em apenas 15 dias.
Depois de enfrentar as consequências da recessão e da desvalorização de até 70 por cento no peso, Kirchner conseguiu reerguer aos poucos a economia, com o apoio do crescimento nas exportações, ajudado pelo bom preço das matérias-primas no mercado internacional.
Hoje, a economia cresce ao ritmo anual de 9 por cento, o desemprego está recuando e a oposição não consegue abalar o governo. Kirchner dirige-se sem muita dificuldade para o fim de seu mandato, em dezembro de 2007.
Segundo uma pesquisa de opinião realizada recentemente entre empresários, pela Universidade Austral, Macri, presidente do Boca Juniors e líder de um partido de centro-direita, é o único que pode fazer sombra a Kirchner nas eleições.
Reuters
Em alta, Kirchner comemora 3 anos de governo com festa
Presidente argentino conta com uma popularidade de quase 80 por cento, e crescem as especulações sobre a possibilidade de ele tentar a reeleição no ano que vem
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