O PT (Partido dos Trabalhadores) realiza neste sábado, 8, um Encontro Estadual com 381 delegados para definir a posição do partido para as eleições 2006. De acordo com o organizador Jackson Macedo, o encontro será também para analisar as táticas eleitorais. No entanto, a principal preocupação é se o partido terá candidatura própria ou firmará alianças, dispensando assim, a concorrência majoritária. Se o PT lançar candidatura própria, a prévia será aberta a partir de amanhã. De acordo com o organizador, o nome de Frei Anastácio é o mais citado. “É o único nome no partido que pode unificar todas as forças internas para governador”, revelou.
De acordo com o presidente estadual do PT, o partido já está preparado para rebater as críticas que certamente virão e serão as principais armas dos adversários, em face do esquema de corrupção do Governo Lula, ou seja, o escândalo do “mensalão”. “Alguns partidos querem desqualificar o Partido dos Trabalhadores perante a sociedade”, disse Frei Anastácio. “Não tememos, sabemos que o PT cometeu erros, mas não podemos generalizar”, complementou. O deputado informou que mesmo com a crise no cenário nacional, o número de filiados cresceu de 800 para 1 milhão do ano passado para cá.
Os organizadores visam estreitar as relações internas do partido, para obter um resultado satisfatório para garantir a reeleição do presidente Lula, o qual é o objetivo principal. Outra meta é que Lula ganhe em número de votos na Paraíba. A defesa da política de alianças está em primeira instância, no entanto a hipótese de candidatura própria não foi descartada. Entre as alianças um dos partidos cogitados é o PMDB.
Apesar das críticas levantadas pelo arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, o deputado
Federal Luiz Couto, disse que seu nome está disponível para uso do partido. “O arcebispo precisa reavaliar seus conceitos em dizer que a Igreja Católica não se misture com a política”. Luiz Couto disse que a missão não pode ser proibida pelo pensamento do arcebispo. Em resposta á posição do arcebispo, Luiz Couto disse que ele foi vítima de suas próprias palavras, “se ele é tão radical, não entendo o porquê ele ficou de braços dados com Alckmin”, finalizou.
Segundo o ex-deputado federal, Avenzoar Arruda, o Encontro definirá as diretrizes do partido para a ação política durante o período mínimo de três anos. Avenzoar disse que não existe pretensão em lançamento do seu nome, porém ressaltou que está a disposição. “Formamos uma sociedade e não podemos nos furtar a determinadas tarefas”, disse, “existem outros nomes com melhor posicionamento”, completou. Por fim, ele disse que o que não pode acontecer, é a desistência e lembrou que “time que não entra em campo, não pode ganhar”.
Valéria Sinésio
ClickPB
Eleições 2006: PT realiza Encontro Estadual para definir os rumos do p
“Time que não entra em campo, não pode ganhar”, disse Avenzoar
Política
Política
Política
Política
Política