A defesa do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, relator da Operação Calvário, para suspender um bloqueio de R$ 6,5 milhões imposto no ano passado pela Justiça da Paraíba, no âmbito da operação.
O valor corresponde ao que o Ministério Público da Paraíba apurou que teria sido desviado da saúde do estado, quando Ricardo Coutinho era governador, entre 2011 e 2019. Ricardo Coutinho responde, com outras 12 pessoas, por corrupção, peculato e dispensa ilegal de licitações.
O processo é resultado da Operação Calvário, que investigou a contratação, mediante pagamento de propina, da organização social Cruz Vermelha do Brasil, filial Rio Grande do Sul, para gerir hospitais públicos na Paraíba.
A defesa de Coutinho quer que o caso tramite na Justiça Eleitoral, por envolver, segundo os advogados, pagamento de R$ 200 mil em espécie na campanha de 2010. Como o bloqueio foi determinado na Justiça comum, os advogados pediram a suspensão da medida.
Em nota, a defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) negou que tenha solicitado o desbloqueio desses valores. Segundo os advogados de Coutinho, Igor Suassuna, Eduardo Cavalcanti, Victor Barreto e Leonardo Ruffo, foi protocolado, na última sexta-feira (23), um pedido ao Superior Tribunal Federal (STF) para que uma medida cautelar e uma ação penal passasse a tramitar na justiça eleitoral.
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