O triunvirato tucano –formado pelo presidente nacional do partido, Tasso Jereissatti (CE), pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador Aécio Neves (MG)– se reúne nesta sexta-feira em São Paulo.
O objetivo do encontro é tentar desatar o nó da disputa pela indicação à vaga de candidato do PSDB à Presidência. Esse nó jogou o partido para o centro do noticiário político nas últimas semanas.
Aécio retorna do Canadá, onde passou alguns dias com sua filha, enquanto FHC retorna do Equador, país que escolheu para se manter afastado do imbróglio tucano.
O processo de escolha entre o candidato assumido, o governador Geraldo Alckmin, e o candidato “implícito”, o prefeito José Serra, derivou para um impasse que dividiu a legenda entre partidários de um e de outro.
Serra conta com o apoio da cúpula tucana, que o considera mais competitivo eleitoralmente, mas Alckmin gastou saliva e fôlego desde o final do ano passado para visitar as bases tucanas e angariar apoio.
Em uma possível interpretação para a razão do impasse, Alckmin não abre mão de sua candidatura enquanto Serra, segundo seus partidários, quer ser escolhido por “aclamação”, para compensar o desgaste de sair da prefeitura no meio do mandato. A realização de prévias, por enquanto, ainda parece estar descartada, mas vez por outra é sacada para pressionar a cúpula.
A demora em escolher o candidato que vai enfrentar Lula já tumultua o PSDB. Em alguns momentos, o governador Aécio Neves surge como “terceira via” para resolver o problema, mas aparentemente ele quer sair candidato somente em 2010.
A última “solução” a ser aventada é a hipotética candidatura de Serra ao Palácio dos Bandeirantes. Nesse cenário, seria Alckmin o escolhido para combater o presidente Lula nas eleições de outubro.
Fonte: Folha Online
