O Conselho de Ética buscar Câmara absolveu nesta quinta-feira (21) o deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB) da acusação de ligação com o esquema dos sanguessugas buscar.
Além dele, o conselho absolveu mais seis deputados nesta quinta: Wellington Roberto (PL-PB), Wellington Fagundes (PL-MT), Pedro Henry (PP-MT), João Corrêa (PMDB-AC), Laura Carneiro (PFL-RJ) e Érico Ribeiro (PP-RS).
O caso de Gadelha seria o último a ser votado pelo conselho, que decidiu, no entanto, incluir na pauta de votações desta quinta o processo contra José Divino (sem partido-RJ).
Wellington Roberto, Wellington Fagundes, Gadelha e Pedro Henry foram reeleitos para 2007, assim como João Magalhães (PMDB-MG), que também sofre processo no conselho pela mesma acusação, mas que não será julgado nesta quinta. Os demais não estarão mais na Câmara em 2007.
Embora quatro dos cinco reeleitos tenham sido absolvidos pelo conselho, o regimento da Câmara determina que o plenário ratifique a decisão em 2007, hipótese considerada politicamente improvável. Já o processo de Magalhães não está na pauta, mas, como ele permanece em 2007, poderá ser reaberto na próxima legislatura.
Ainda nesta quinta, o conselho condenou e aprovou a cassação de três deputados nesta quinta: Nilton Capixaba (PTB-RO), Lino Rossi (PP-MT) e Cabo Júlio (PSDB-PA). Os três, no entanto, não correm risco de cassação. É que o Congresso entra em recesso nesta sexta (22), retornando aos trabalhos na próxima legislatura, em fevereiro, e esses parlamentares não poderão ser julgados em plenário porque não foram reeleitos para 2007.
Na semana passada, os integrantes do Conselho de Ética já haviam inocentado Celcita Pinheiro (PFL-MT). Com as votações desta quinta, o conselho terminará apenas 12 dos 67 processos abertos contra deputados acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Os demais, cerca de 85%, serão arquivados, porque 54 dos processos que restam são de deputados que não estarão mais na Câmara em 2007 – a exceção é João Magalhães, reeleito.
Segundo o presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), o material sobre esses processos será enviado ao Ministério Público. "Houve um problema de data. Os processos chegaram na véspera das eleições, os deputados não apareciam, e agora estamos no fim do mandato", lamentou.
Os processos foram abertos depois que a CPI dos Sanguessugas acusou 69 deputados e três senadores de participam na máfia de compra de ambulâncias superfaturadas com emenda parlamentar. Desses, dois deputados renunciaram – Coriolano Sales (PMDB-BA) e Marcelino Fraga (PMDB-ES) – e os três senadores – Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) – foram absolvidos pelo Conselho de Ética (no Senado, o regimento diz que absolvição não vai a plenário).
G1