A confusão na Câmara Municipal de Cabedelo continua a todo vapor e a sessão que deveria acontecer na noite desta terça-feira (04) foi interrompida. Em pauta estava a votação em segundo turno do projeto de emenda à Lei Orgânica do Município criando 13º salário para os vereadores, prefeito, vice-prefeito e ainda para os secretários municipais de Cabedelo.
No entanto, de acordo com o assessor jurídico da Câmara de Cabedelo, Lincoln Mendes, “ontem na sessão teve um esvaziamento do plenário por conta da base do governo e não tinha quórum para votação”. Estima-se que a proposta esteja na pauta na próxima sessão, que acontece nesta quinta-feira (06). O 13º salário havia sido aprovado em primeiro turno no dia 27 de novembro.
Segundo Lincoln Mendes informou ao ClickPB, os vereadores da base do prefeito interino Vitor Hugo tentaram incluir através de questão de ordem, em regime de urgência, um projeto para revogar a Resolução 222/2018 (Projeto de Resolução 10/2018). “Como foi informada impossibilidade de tramitação pela forma apresentada, eles se revoltaram. Após o anúncio da colocação para discussão e votação, em plenário, do 2º turno de apreciação da Proposta de Emenda do Vereador Pereira sobre o décimo a confusão aumentou e o líder do governo ordenou o esvaziamento do plenário por sua bancada”, detalhou o assessor jurídico.
As galerias da Câmara e a rua em frente foram tomadas pela população de Cabedelo na noite de ontem. Muitas pessoas foram até o local para protestar, seja contra a presidente da Câmara, Geusa Ribeiro, seja contra o prefeito interino Vitor Hugo.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cabedelo (Sindcab), Alexandro Batista de Lima, afirmou ter sido agredido do lado de fora da câmara de Vereadores. De acordo com o sindicalista, a agressão aconteceu por ele ter se recusado a desligar o microfone de um carro de som durante a fala de um militante cultural criticando Vitor Hugo.
Equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil estiveram presentes no local para garantir a segurança dos vereadores, dos funcionários da Câmara e da própria população. Lincoln Mendes confirmou que será requisitada segurança para as próximas sessões. “Desde os últimos acontecimentos a Câmara tem pedido apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, de todos os órgãos de segurança. Tem que dar segurança para quem quer trabalhar”, destacou o assessor jurídico.
Além dos projetos polêmicos, a Câmara de Cabedelo ainda precisa votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2019 até o dia 20 de dezembro, para então poder entrar em recesso. Até o momento os prazos estão transcorrendo normalmente e as emendas estão sendo recebidas. “Depois que encerrar, o relator da comissão vai ver uns dias para apresentar seu parecer e entregar pra secretaria legislativa para que possa marcar a sessão de votação”, explicou Lincoln Mendes.