Política

CNBB critica Poder Legislativo por absolver mensaleiros

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O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e bispo auxiliar de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, criticou ontem o fato de o Poder Legislativo proteger deputados acusados de corrupção ao isentá-los de cassações e disse que a população deve aproveitar as eleições para eleger “pessoas não corruptas”.

“É lamentável justamente que o poder proteja a si mesmo. A sociedade esperava uma outra decisão do próprio Poder Legislativo aos fatos de corrupção”, disse o bispo, em referência à absolvição de deputados acusados de envolvimento com o “mensalão”.

Dom Odilo e outros 320 bispos, entre eles o presidente da CNBB, dom Geraldo Majella, participam hoje da abertura do 44ª Assembléia Geral da entidade, no bairro Itaici, em Indaiatuba (SP).

Para dom Odilo, o país deve renovar o Congresso neste ano “elegendo pessoas não corruptas”. “Neste ano, temos a chance de fazermos uma renovação do Congresso elegendo pessoas não corruptas e que sejam idôneas moralmente para não se deixarem corromper. Eu acho que a corrupção é um fato que acompanha a história do Brasil.”

Dos 19 acusados de envolvimento com o “mensalão”, dez já foram absolvidos pelo plenário. Outros quatro renunciaram para escapar da cassação e apenas três foram cassados.

O bispo comentou ainda o envolvimento de parlamentares e assessores na chamada “máfia dos sanguessugas”.

“É mais uma amostra de que como o exercício do poder pode ser desviado de sua legítima finalidade. O exercício do poder tem de ser transparente e controlado pela sociedade. Não pode ter caixinhas-pretas”, disse.

Tema

A Assembléia Geral da CNBB termina no dia 17 de maio e o tema central deste ano será a “evangelização da juventude”.

A CNBB também apresentará durante a assembléia um documento com a análise da conjuntura sócio-política do país. Os bispos aproveitarão para divulgar uma cartilha com orientações da entidade para as eleições.

Nela –cerca de 100 mil exemplares– a CNBB alerta para que “estejamos atentos, desmistificando uma certa visão messiânica ou apocalíptica das eleições”, que o mais importante “é definir um novo modelo para o país” e que “o Brasil está desafiado a combater a corrupção política” (…) “acobertada pela conivência, que se torna cumplicidade, usando estruturas do poder público em benefício de interesses privados”.


Fonte: Folha Online

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