O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), se reúne hoje à tarde com o prefeito Cesar Maia (RJ) no Rio de Janeiro. Na pauta do encontro está o posicionamento do PFL nas eleições de outubro.
Bornhausen deve perguntar se Maia quer manter sua candidatura à Presidência da República pelo PFL ou se está disposto a negociar uma aliança com o PSDB. Maia já declarou que retiraria sua candidatura se o candidato tucano fosse o prefeito José Serra (SP). Como o PSDB indicou o governador Geraldo Alckmin (SP) como candidato, Maia pode mudar de opinião.
Ontem, Maia disse que a decisão do PSDB de indicar Alckmin como candidato à Presidência da República abre espaço para o partido repensar a política de alianças. “A candidatura do governador Alckmin abre espaços. O PFL sabe disso. O partido tem feito suas pesquisas de opinião. E nos cabe pensar se este espaço deve ser ocupado pelo PFL ou se o partido deve se somar a Alckmin para que este espaço não seja ocupado por ninguém.”
Ele sinalizou que se a aliança fosse fechada, o PFL iria querer um espaço maior num eventual governo tucano. “Se acontecer, vai ser tipo coligação chilena e não simplesmente um compartilhamento de poder, como aconteceu no governo Fernando Henrique Cardoso. O PFL tem a sua natureza de representação do interior, de representação da pequena empresa. Essa natureza precisaria estar presente numa composição de governo orgânica em torno de uma candidatura só.”
Além de consultar Maia, Bornhausen deve também ouvir a opinião dos diretórios regionais do PFL sobre o assunto. O partido ainda vai esperar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a constitucionalidade da emenda constitucional que acaba com a verticalização nas coligações nas eleições deste ano. Para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a emenda é inconstitucional pois não respeita o princípio da anualidade e só poderia vigorar em 2010.
Fonte: Folha Online
