A Secretaria de Administração Penitenciária confirmou nesta quarta-feira que celulares ainda funcionam em pontos próximos a presídios onde o sinal deveria estar bloqueado, segundo determinação da Justiça.
Na semana passada, o juiz Alex Tadeu Monteiro Zilenovski, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), determinou a suspensão do sinal em seis municípios –Avaré, Presidente Venceslau, Iaras, Araraquara, São Vicente e Franco da Rocha– onde funcionam 15 unidades prisionais.
A medida foi tomada depois dos ataques que deixaram ao menos 155 mortos –entre policiais civis e militares, agentes penitenciários e suspeitos– em meio à onda de ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) na semana passada.
Embora tenha feito um levantamento, a secretaria não divulgou perto de quais unidades é possível falar pelo telefone celular. A informação é de que esses dados foram enviados à Justiça. O bloqueio foi determinado, inicialmente, perto de penitenciárias de segurança máxima.
Sem barreira
Em Franco da Rocha, o técnico em telefonia Silvio do Prado conseguiu falar de seu celular normalmente nesta quarta-feira. Usuário dos serviços da operadora Vivo, ele afirma ter enfrentado dificuldades para fazer e receber ligações até ontem. Segundo Prado, celulares de outras operadoras funcionaram normalmente no período.
Em Avaré, um policial que preferiu não se identificar disse que telefones da Vivo não funcionavam perto da penitenciária, mas que proprietários de outras operadoras, como a Tim, não encontravam problemas para falar, nesta quarta.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que responde em nome das operadoras, informou que o projeto prevê o bloqueio efetivo e que as operadoras farão os ajustes necessários para atender a determinação judicial e tornar mínimos os impactos sobre o usuário comum.
A representante das operadoras informou, ainda, que a Justiça será informada sobre as etapas de cumprimento da sentença.
Folha Online
