A informação é do próprio prefeito durante visita do prefeito às obras da Lagoa — Foto:Walla Santos
Foto: Walla Santos
A menos de nove meses do fim do mandato, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) admitiu, na manhã desta quinta-feira (17), que não vai mais construir o Hospital da Mulher, compromisso de campanha assumido em 2012, e culpa o governo federal pela falta de recursos financeiros. A informação foi repassada durante visita do prefeito às obras da Lagoa, que apesar de ele declarar estarem “quase prontas”, somente serão entregues no final de junho.
Cartaxo alega que o contingenciamento feito pelo governo federal impossibilitou o Hospital da Mulher, cuja construção chegou a ser anunciada no bairro dos Bancários.
“Hoje, eu diria que nenhum município do Brasil tem condição de abrir um serviço novo na área da saúde, porque o governo federal está contingenciando recursos. Foram R$ 23 bilhões do orçamento de 2016 que foram contingenciados, não tem liberação de recursos nem tem liberação para o custeio. Então essa é uma realidade que está posta para diversos gestores no país inteiro. Nós vamos continuar buscando num novo momento, com o Ministério da Saúde, para que a gente possa ter capacidade de fazer com que o Ministério da Saúde libere novos recursos para o município de João Pessoa”, disse.
De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, a Prefeitura de João Pessoa está investindo recursos acima do limite constitucional obrigatório. “Hoje nós estamos investindo 23% na saúde, a nossa obrigação constitucional é 15%”, disse, queixando-se que o município de João Pessoa está atendendo pacientes de outros municípios paraibanos.
– Apesar do questionamento do Ministério Público da Paraíba sobre a mobilidade urbana, que vem sendo restringida na Lagoa devido às obras, Cartaxo descartou entregar trechos do parque que ficarem prontos antes do final de junho, quando está prevista a entrega. “Nós vamos entregar o parque de uma única vez”, disse o prefeito, que fez uma visita às obras na manhã desta quinta-feira (17). “Nós estamos trabalhando para entregar a obra como um todo, e já estamos pertinho. Para quem esperou cem anos, esperar cem dias vai ser bem mais rápido”, afirmou.