O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, disse que avisou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a análise da entidade sobre a possível abertura de um processo de impeachment será feita longe dos “palanques políticos-partidários”. O conselheiro federal da OAB, Sérgio Ferraz, vai apresentar no dia 8 de maio seu voto e seu relatório sobre a possibilidade de uma ação de impeachment.
“Disse ao presidente que a Ordem não vai ser transformada em palanque político-partidário. Como presidente, minha função é conduzir essa questão”, disse Busato. “Da minha, parte não há predisposição contrária ou favorável [ao impedimento].”
Segundo ele, Lula não fez nenhum comentários sobre o tema. No encontro, Lula teria dito a Busato que “lamentava o mal que a crise provocava ao país”.
Hoje, o PPS divulgou uma nota de apoio a um eventual pedido de impeachment do presidente. Como partido, o PPS não pode pedir o impeachment de Lula. Mas o partido informou que vai apoiar um eventual pedido de impeachment que for apresentado por qualquer entidade da sociedade civil, como a OAB.
O PPS apóia sua posição na denúncia oferecida ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra 40 pessoas sob a acusação de integrarem uma “organização criminosa” comandada pelo ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e pelos petistas José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira.
Apesar da denúncia não responsabilizar Lula pelo esquema, o PPS informa que o presidente não está isento de responsabilidade.
“Lula está presente em todo o processo, como comandante maior de um governo corrupto. No presidencialismo, a responsabilidade pelos atos políticos e administrativos é do presidente da República, enquanto chefe de Estado e de governo”, diz a nota do PPS.
Folha Online
Busato diz que análise de impeachment será feita longe de “palanque”
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