
Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução)
Após conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, o ex-presidente Jair Bolsonaro mandou que o Partido Liberal (PL) estudasse projeto de anistia aos presos no 8 de janeiro. Encontro entre Motta e Bolsonaro aconteceu na quarta-feira (9), fora de agenda e detalhes seguem em sigilo.
Segundo apurou a Folha, a sugestão é que o texto da anistia fosse reduzido para diminuir resistências ao projeto na Casa. Uma avaliação geral dos deputados é de que as penas impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) foram duras, mas é preciso punir quem tenha depredado as sedes dos três Poderes.
Ainda não se sabe se o projeto será alterado e se Bolsonaro e os réus acusados de liderar a trama golpista estariam incluídos.
Nesta quinta-feira (10), Bolsonaro falou a uma plateia de apoiadores e afirmou querer “anistia ampla, geral e irrestrita”.
Sobre o andamento do projeto
O relator do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) foi o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE). Ele é cotado para dar o parecer com as alterações também no plenário, mas Motta pode substituí-lo.
Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) também é outro nome cotado para o parecer com as alterações. Os dois deputados, Gaspar e Valadares, estão alinhados a Bolsonaro.
Hugo Motta afirmou que levará a proposta para deliberação dos líderes, quando o requerimento de urgência para o projeto chegar a 257 assinaturas.
O PL, conseguindo as assinaturas nesta semana, não deve pautar à força a proposta, mesmo com a presidência da Casa. Assim, pelos cálculos de deputados, a anistia seria votada em três semanas.