O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, disse nesta sexta-feira que o PFL seguirá as orientações de um conselho político que conduzirá a campanha do candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin.
“Todos nós estaremos disciplinados pelo conselho político, pelo menos no PFL”, disse Maia a jornalistas após almoço com o senador José Jorge (PE), indicado pelo partido como vice na principal chapa de oposição das eleições de outubro.
Maia disse ainda que “a paz voltou a reinar” na provável coligação entre os dois maiores partidos oposicionistas, que deve ser formalizada dentro de pouco tempo.
Nesta semana, tanto o prefeito do Rio como o líder do PFL na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, filho dele, criticaram Alckmin e o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), porque a campanha do ex-governador paulista ainda não deslanchou.
Na semana passada, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, ironizou a postura dos tucanos, em especial do antecessor Alckmin, diante da crise de segurança pública no Estado.
CRÍTICAS MAIS DURAS A LULA
O prefeito do Rio pediu ainda que PFL e PSDB unifiquem o discurso para fazer críticas mais duras ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável candidato petista. Para ele, a campanha tem de associar as imagens negativas do governo ao adversário, que tem vantagem nas pesquisas de intenção de voto.
“A gente tem uma hierarquia de expressões e adjetivos em que a população enquadra melhor o presidente Lula. Se você usar esse tipo de adjetivo na sua comunicação, vai dar mais unidade à campanha”, afirmou.
Segundo Maia, em uma simulação com as pesquisas que saíram recentemente detectou que 26 por cento dos entrevistados consideram Lula “omisso” e sete por cento o julgam “ladrão”.
Para José Jorge, a comunicação também deve ser definida pelo conselho político da campanha.
“A idéia é concentrar no conselho político as decisões. As pessoas poderão dar as suas opiniões a partir de decisões do conselho”, disse, acrescentando que o PFL deve fazer pesquisas internas de 15 em 15 dias para ajudar balizar a campanha.
Reuters
Após tensão com tucanos, César Maia prevê PFL unido por Alckmin
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