A cúpula do PSDB agendou para hoje uma segunda tentativa de aproximação entre os integrantes da bancada do partido na Câmara e Senado e o pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin.
O jantar de ontem, que tinha esse objetivo, falhou. Segundo aliados, a presença de 72 parlamentares fez com que as conversas se tornassem formais e pouco produtivas.
Seria, inclusive, uma das possíveis explicações para o desânimo de alguns presentes e a irritação de deputados com os discursos que antecederam o início da refeição.
Hoje, Alckmin permanece em Brasília e propôs reuniões a portas fechadas com grupos pequenos de parlamentares para discutir propostas de campanha, a conjuntura política de cada região e o discurso em sua corrida à presidência.
Em seu discurso nesta terça-feira à noite, Alckmin tentou empolgar os aliados. Apresentou slides com números de sua gestão, falou de projetos implementados pelo governo de São Paulo e criticou o aumento da carga tributária.
O ex-governador pediu à bancada união e apoio ao seu nome nos Estados. “Precisamos estar juntos”, afirmou, em um recado para os aliados que no final de semana criticaram veladamente os rumos de sua campanha.
Apesar do esforço, os integrantes da bancada do partido na Câmara e no Senado não demonstraram a mesma empolgação de dois assessores de Alckmin presentes no jantar, escalados para puxar as palmas e gritos em favor do pré-candidato em meio aos deputados.
Na agenda de Alckmin, um segundo jantar nesta quarta-feira. Desta vez com a bancada do PFL no Senado, com a possível presença dos governadores Paulo Souto (BA) e João Alves (SE).
Os dois Estados encontram problemas na construção de aliança com o PSDB. Na Bahia, inclusive, a cúpula do PSDB decidiu correr contra o diretório estadual, não lançar candidatura própria ao governo do Estado e de quebra apoiar formalmente a reeleição de Souto, que é do PFL.
Fonte: Folha Online