Alckmin diz que PT e Lula pecam na “frouxidão ética”

O ex-governador de São Paulo e candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, fez críticas duras ao governo Lula e ao PT em sua primeira entrevista após renunciar ao cargo para participar das eleições. Alckmin acusa o governo de “frouxidão ética” e “promiscuidade entre o governo e o PT”.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele diz que o episódio da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa Santos não é um caso isolado. “O problema do PT é que os fins justificam os meios, para onde você olha, vê dinheiro público desperdiçado, malversação de recursos e um perfil autoritário. O episódio do caseiro não é isolado, é a filosofia de que vale tudo”, defende.

Quanto à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável concorrente nas eleições, Alckmin afirma que o crescimento econômico foi abaixo do possível e que a gestão atual não justifica uma reeleição. “Se formos verificar o todo, veremos uma enorme frouxidão ética, uma inoperância na gestão e um crescimento econômico aquém do que o Brasil deveria ter. O conjunto é muito ruim”, critica.

Ao ser questionado sobre as denúncias de irregularidade relacionadas à sua gestão, Alckmin desconversa. Sobre a doação de 400 vestidos por um estilista à sua mulher, a ex-primeira-dama Lu Alckmin, ele classifica de equívoco já resolvido, provocado por “falta de experiência”.

Quanto ao episódio da Nossa Caixa, em que verbas da estatal foram usadas para ajudar deputados da base do governador na Assembléia, Alckmin responde que o erro foi meramente formal e que o caso já foi apurado. “Tenho 33 anos de vida pública. A ética é a marca dela”, afirma. O caso levou a um pedido de CPI, mas a comissão foi vetada pela base governista na Assembléia.

Redação Terra