Ao comentar ontem a criação do conselho político da campanha de Geraldo Alckmin, o governador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou “responsabilidade dos companheiros” do PSDB e PFL, mas também alimentou a crise quando, sem citar nomes, disse que os “psicologicamente sem condições de ajudar” deveriam ao menos não atrapalhar.
A crítica de Aécio teve um endereço: a cidade do Rio de Janeiro. Nos últimos dias, Aécio foi um dos tucanos bastante criticados pelo prefeito pefelista Cesar Maia.
“É preciso que alguns companheiros da aliança não coloquem os problemas regionais à frente dos interesses nacionais. Muito dessa chiadeira e choradeira é em função de algum descontentamento local e busca transportar isso para a questão nacional. A hora é de responsabilidade. Aqueles que não puderem ajudar, ou psicologicamente não estejam em condições de ajudar, que pelo menos não atrapalhem.”
Para ele, o conselho é um “avanço e mais um instrumento para debelar crises que não deveriam existir”. E, mais uma vez sem citar nomes, criticou aqueles que acham que vai mal a campanha de Alckmin.
“Acho que há um grande amadorismo na interpretação das pesquisas, açodamento e angústia exagerada para um processo que caminha de forma correta. Nenhum de nós… eu, pelo menos, jamais esperei situação melhor do que essa, neste momento da campanha. Temos todas as condições de crescer”, afirmou Aécio.
Fonte: Folha Online