O advogado José Roberto Batocchio disse que uma acareação entre o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso é “inadmissível”. Segundo ele, essa medida só faria sentido se houvesse contradição nos depoimentos prestados por Palocci e Mattoso à Polícia Federal.
“Do ponto de vista técnico, a acareação é inadmissível. Seria a mesma coisa que aplicar uma vacina contra gripe num cadáver”, disse Batocchio, que defende Palocci.
A possibilidade de fazer uma acareação entre Palocci e Mattoso foi levantada por parlamentares de oposição. Essa medida já foi descartada pela PF, que ainda avalia a hipótese de voltar a ouvir os dois novamente em separado. Mas o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) promete protocolar hoje um requerimento pedindo a acareação entre Palocci e Mattoso.
Enquanto não volta a ser ouvido pela PF, Palocci continua em Brasília. Ele ainda mora na residência oficial de ministro –o prazo para deixar o imóvel é de 30 dias após seu afastamento do cargo.
Batocchio disse que o cliente está sob os cuidados de um médico cardiologista. Ele não soube dizer o nome do médico.
Palocci é suspeito de ser o mandante da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. A violação ocorreu logo depois do caseiro ter desmentido Palocci na CPI dos Bingos. Francenildo disse ter visto Palocci na casa alugada em Brasília pelos ex-assessores de Ribeirão Preto para negociatas com lobistas e festas com prostitutas.
A violação mostrou o recebimento de depósitos no valor de R$ 35 mil na conta poupança de Francenildo na Caixa. Os dados da movimentação financeira –repassados para a revista “Época”– foram usados pelos governistas para sugerir que o depoimento de Francenildo teria sido comprado pela oposição.
Mattoso disse para a PF que entregou o extrato de Francenildo para Palocci na noite do dia 16. O vazamento para a imprensa ocorreu um dia depois.
Fonte: Folha Online
Advogado diz que acareação entre Palocci e Mattoso é “inadmissível”
None
Política
Política
Política
Política
Política