Preso

‘Sheik dos Bitcoins’ é condenado a mais de 50 anos de prisão por fraudes envolvendo criptomoedas

Defesa do Sheik disse que vai recorrer e considerou a decisão do juiz como "carregada de sentimento".

Sheik do Bitcoin, Prisão, Condenado

Sheik do Bitcoin (Foto: reprodução)

A Justiça Federal condenou o empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, a 56 anos, 4 meses e 10 dias de prisão por fraudes milionárias envolvendo criptomoedas. A Polícia Federal afirma que ele comandava o esquema.

A sentença do juiz Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba, foi dada no final da tarde desta quarta-feira (9). Outras cinco pessoas foram condenadas, com penas que variam entre 11 e 48 anos de prisão.

Francisley foi condenado por gerir fraudulentamente instituição financeira, apropriar-se de dinheiro ou desviá-lo em proveito próprio, emitir ou negociar títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e ocultação de bens.

A defesa disse que vai recorrer e considerou a decisão do juiz como “carregada de sentimento”.

Ele foi preso em 2022. Em junho de 2023, passou a responder o processo em liberdade, mas voltou a ser detido em agosto deste ano por, segundo a Polícia Federal, retomar operações ilegais com envolvimento de ex-colaboradores, descumprindo medidas cautelares impostas pela Justiça.

Na decisão, o juiz determinou que Francisley continue preso.

Como era o esquema do Sheik

As investigações começaram quando a Polícia Federal foi informada pela Interpol de que empresas ligadas ao “Sheik dos Bitcoins” era alvo de uma apuração nos Estados Unidos por envolvimento em fraudes consideradas multimilionárias com criptomoedas.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Francisley e outros denunciados atraíam investidores através de palestras com falsos testemunhos de pessoas que diziam terem ganhado milhões de dólares com criptomoedas com a ajuda de empresas dos integrantes do grupo criminoso.

As vítimas recebiam a promessa de que, investindo no negócio, teriam retornos de até 2,8% ao dia, e com valores dobrados em seis meses. Porém, o dinheiro aplicado era desviado para contas bancárias dos criminosos, recurso que era usado para sustentar o esquema e comprar imóveis, roupas de grife e carros de luxo.

A polícia americana disse que o prejuízo foi de aproximadamente R$ 30 milhões somente para as vítimas nos Estados Unidos. A operação fraudulenta começou a ser descoberta a partir do momento que o dinheiro usado como pagamento dos rendimentos prometidos se esgotou.

As pessoas lesadas pelo esquema passaram a cobrar as empresas na tentativa de recuperar os valores investidos, mas, conforme o Ministério Público Federal, recebiam “ilusórias promessas” de que os casos seriam resolvidos.

Somente no Brasil, a investigação aponta que o grupo movimentou cerca de R$ 4 bilhões. Em outubro de 2022, a polícia apreendeu dinheiro em espécie, joias, carros e relógios de luxo em endereços ligados a Francisley.

Famosos na mira

De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa enganou alguns famosos, como Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, que perdeu cerca de R$ 1,2 milhão.

Segundo as investigações, ela investiu na empresa e não recebeu o que foi aplicado. Outros jogadores de futebol, que não tiveram os nomes divulgados, também foram vítimas dos golpes, conforme a PF.

Quem é o Sheik?

Francisley se apresenta como Francis Silva e é natural de São Paulo, mas se estabeleceu em Curitiba, onde desenvolveu uma empresa do ramo da tecnologia.

A Polícia Federal diz que mais de 100 empresas abertas no Brasil estão vinculadas a ele. O apelido “Sheik dos Bitcoins” foi dado pela imprensa, conforme a PF.

Fonte: G1 Paraná

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