![Prints mostram que Nino Paraíba cobrou apostadores e pediu “mais 15 (mil) aí” para dar continuidade a esquema de apostas no futebol Prints mostram que Nino Paraíba cobrou apostadores e pediu “mais 15 (mil) aí” para dar continuidade a esquema de apostas no futebol](https://clickpb-wordpress.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2023/12/31174717/nino_paraiba_apostas_america___foto_-_reproducao.png)
Prints mostram Nino Paraíba pedindo mais dinheiro aos apostadores — Foto:Reprodução
O lateral direito Nino Paraíba, do América Mineiro, cobrou apostadores e pediu mais dinheiro para poder dar continuidade ao esquema de apostas que estava participando. As cobranças de Nino aos criminosos foram divulgadas nesta quarta-feira (10) pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que investiga, dentro da Operação Penalidade Máxima, um grupo criminoso, com participação de atletas profissionais, que agiu e age em campeonatos estaduais e nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Conforme apurado pelo ClickPB, em uma das mensagens Nino, que, na época, jogava no Ceará, diz que para cumprir outros objetivos traçados pelos apostadores eles precisam “acertar o que falta”, citando valores que ele ainda teria a receber sobre tarefas cumpridas por ele em partidas anteriores.
- Nino Paraíba aparece em planilha de pagamentos de até R$ 80 mil feita por apostadores a jogadores de futebol
- Entenda como funciona e quais jogadores são suspeitos de atuar em esquema de apostas no futebol; paraibano está na lista
Em outra mensagem, o paraibano pede mais dinheiro ao grupo. “Agora colocar mais 15 [mil reais] aí?”. O fato foi comentado por outros participantes do esquema de apostas e um deles chegou a falar que tentou reduzir a pedida de Nino Paraíba, mas “Nino é foda”, lamentando não ter sucesso na empreitada. Outro apostador falou que “Nino pede muito”.
Em transcrição de áudios divulgada pelo MPGO, apostadores relataram que Nino Paraíba “já era nosso” e que “falta só dez mil daquela que deu bom, então ele já tá fechado com nós”, disse um dos criminosos. Veja os prints abaixo.
![](https://clickpb.com.br/media/filer_public/58/64/5864ad02-7606-4fc7-953c-f46d609fb1fd/whatsapp_image_2023-05-10_at_165835.jpeg)
![](https://clickpb.com.br/media/filer_public/e0/01/e001bd7b-08a5-46d8-8d55-07c9601b8853/whatsapp_image_2023-05-10_at_165848.jpeg)
![](https://clickpb.com.br/media/filer_public/de/f4/def4be44-078a-4d8e-bf26-cbe4471e3600/whatsapp_image_2023-05-10_at_165902.jpeg)
Uma planilha (vista abaixo) divulgada pelo MPGO mostra nomes de jogadores e valores recebidos ou à receber pelas tarefas cumpridas dentro das partidas. Nessa planilha o nomes de Nino Paraíba aparece duas vezes.
![](https://clickpb.com.br/media/filer_public/d9/46/d946a246-7bcb-4b92-a00b-f82e788c5b05/planilha_jogadores_apostas.png)
Entenda o caso
O Ministério Público de Goiás (MPGO) vem promovendo uma série de investigações contra um esquema de apostas esportivas promovido nos Campeonatos Brasileiro das Séries A e B, em 2022, e em alguns campeonatos estaduais deste ano. O esquema envolve a participação de jogadores, como o paraibano Nino Paraíba, que recebiam até R$ 80 mil para cumprir objetivos pré-determinados.
O crime, segundo o MPGO, começou a ser descoberto quando o presidente do Vila Nova-GO foi até o órgão e denunciou um esquema envolvendo jogadores do próprio clube.
O esquema funciona quando apostadores entram em contato com jogadores e oferecem valores altos para que eles cumpram ações em campo, como levar cartões amarelos ou vermelhos, cometeram faltas e penalidades, fazerem gols contra ou cederem laterais e escanteios.