Imagem ilustrativa (foto: reprodução)
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo vai investigar como homicídio a morte do publicitário Yuri Henrique Gabriel Santos de Castro, de 23 anos, que foi encontrado morto após ficar desaparecido na região central da capital.
Em um primeiro momento, o caso havia sido registrado como morte suspeita no 5º Distrito Policial (Aclimação). Porém, o DHPP resolveu pedir o encaminhamento da investigação após relatos nas redes sociais sobre outros supostos desaparecimentos de jovens gays no centro de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) não confirma outras ocorrências.
O publicitário foi resgatado na região da Santa Ifigênia, na última segunda-feira (22), e levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vergueiro, na zona sul, onde morreu. Ele foi visto pela última vez saindo do Hotel Chilli, uma conhecida sauna gay da região central.
Em entrevista à CNN, a irmã da vítima afirmou que a última vez que ele foi visto com vida foi discutindo com os seguranças do hotel. “A gente começou a procurar ele, porque o Yuri não é de sumir desse jeito, e chegamos até um amigo que estava com ele [na sauna]”, afirmou.
Também em conversa com a CNN, o amigo relatou que os dois estavam juntos na sauna e, após uma divergência sobre os valores da comanda, teriam deixado os celulares com os seguranças como garantia de pagamento e retornado ao quarto para dormir.
Quando acordou, o amigo percebeu que Yuri não estava no quarto e foi procurá-lo. Neste momento, foi informado pelos seguranças que Yuri havia chamado a polícia e deixado o local afirmando estar sendo “perseguido”.
Os seguranças relataram que foram atrás dele e o fizeram retornar à sauna, mas que ele saiu correndo sem roupas e sem celular. Foi quando o jovem ficou desaparecido, até ser encontrado morto na Santa Ifigênia.
A polícia diz que ainda não há elementos para dizer se o jovem foi vítima ou não de um homicídio. Imagens de câmeras de segurança já foram coletadas e estão sendo analisadas.
Em nota, o Hotel Chilli afirmou que o hóspede Yuri saiu de suas dependencias às 4h25 do dia 22, vindo a falecer horas depois. A sauna afirmou ainda que está colaborando com as investigações e que todas as informações e imagens serão entregas para a polícia.
“O estabelecimento e seus colaboradores não tem qualquer responsabilidade sobre os fatos ocorridos, não tendo havido qualquer agressão ou ação contundente em face do hóspede. A administração e os colaboradores prestam os sinceros sentimentos aos familiares e amigos”, completa.