Desvendado

Vivianny Crisley foi morta a golpes de chaves de fenda

Vivianny desapareceu no dia 21 de outubro, após sair de uma casa de shows, na zona sul de João Pessoa. O crime de homicídio se confirmou após exame de DNA realizado no corpo

Vivianny Crisley foi morta a golpes de chaves de fenda

Os acusados estão sendo apresentados durante entrevista coletiva — Foto:Graça Macena

A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) de João Pessoa, revelou na manhã desta sexta-feira (25), que a jovem Vivianny Crisley foi morta a golpes de chaves de fenda. 

De acordo com o Delegado Reinaldo Nóbrega, os acusados Aurélio Tomás dos Santos (primeiro suspeito preso) e Jobson Barbosa da Silva Junior, o Juninho (suspeito preso no Rio de Janeiro) teriam golpeado a vítima em diversas partes do corpo ainda dentro do carro, que estava estacionado na porta da casa do Alex, no bairro Eitel Santiago, em Santa Rita. O terceiro suspeito, Fagner das Chagas Silva (Bebé), que também foi preso no Rio de Janeiro, teria ajudado Alex e Juninho a atearem fogo no corpo de Vivianny. 

Ainda segundo o delegado, o veículo que os acusados e Vivianny estavam foi roubado por Alex, que após dias do crime incendiou o carro, a carcaça foi levada para Central de Polícia, mas foi destruída pela seguradora. 

Os suspeitos alegaram que teriam saído às 3h da manhã no dia 21 de outubro, com Vivianny para tomar uma “saideira” em um bar nos Bancários, próximo ao Bebericos. E quando viram que o bar estava fechado, decidiram comprar a bebida em um depósito de bebidas na cidade de Santa Rita. Juninho teria ficado com a vítima no Bebericos.

Segundo Juninho e Alex, eles teriam matado Vivianny porque ao chegar na casa de Alex, ela começou a pedir para ir embora ou deixá-la em algum lugar para pegar um transporte alternativo. Com os gritos da vítima, Juninho teve a ideia de matar Vivianny. Bebé ficou no carro com a vítima enquanto Juninho e Alex saíram com as chaves de fenda. 

Bebé teria sido o responsável por atear fogo no corpo de Vivianny (Foto: Aguinaldo Mota).

De acordo com a perita Gabriela Nóbrega, o corpo de Vivianny estava com as vestes, semi carbonizado e uma parte em estado de decomposição, esqueletizado. 

O médico legista Flávio Fabres, afirmou que, através dos elementos palpáveis, os peritos não conseguiram determinar a causa da morte, não existe qualquer indício de esquartejamento do corpo.  A princípio o laudo sairá com causa da morte indeterminada.

Flávio também explicou que a imagem acima é o crânio de Vivianny, e que os ferimentos observados na foto foram feitos ainda em vida. A vítima foi golpeada sucessivamente na cabeça enquanto estava viva.

“Vivianny foi golpeada diversas vezes, sistematicamente, uma dessas vezes foi golpeada na face”, disse o médico legista.

Os acusados irão responder pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado por motivo fútil e cruel e ocultação de cadáveres, somando os crimes eles podem pegar uma pena máxima de até 36 anos. 

O delegado Luís Cotrim informou que termina na próxima o inquérito policial e vai pedir a convenção da prisão provisória em preventiva dos três acusados, e até o final da semana que vêm eles devem sair das carceragens da Central de Polícia e seguir para o Presídio do Roger. 

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