Pelo menos 62 pessoas ficaram feridas durante um motim em sete unidades da Febem, em São Paulo, em que durante cerca de dez horas os internos mantiveram 39 reféns até a intervenção da Polícia Militar.
Dos 39 reféns, todos funcionários do órgão, 26 precisaram ser levados para hospitais vizinhos depois de libertados. O mesmo aconteceu com seis internos, que apresentaram cortes, fraturas e problemas respiratórios, provocados pela queima de colchões e madeira.
A rebelião aconteceu em sete das 14 unidades carcerárias da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), informou a entidade.
As sete unidades afetadas pela rebelião abrigam aproximadamente 600 jovens de 18 a 21 anos, considerados reincidentes em delitos graves.
O motim começou na terça-feira, às 22h, e terminou hoje, por volta das 8h, com a Tropa de Choque da Polícia Militar invadindo as unidades.
O complexo penitenciário da Febem está localizado na Zona Leste de São Paulo e é considerado um dos mais perigosos do país devido ao excesso de confinados.
Um porta-voz da fundação explicou que o motim começou com uma briga entre os internos. Mas o sindicato dos funcionários diz que a causa foi uma tentativa frustrada de fuga em massa.
Durante a madrugada os amotinados, armados com paus, pedaços de ferro e facas, derrubaram muros e celas, queimaram colchões, roupas e madeira, e subiram nos telhados.
EFE
