O júri do caso Expedito Pereira tem 13 testemunhas ouvidas e longo debate entre as partes entre defesa e acusação. O período de debates foi iniciado às 16h30 e deve durar cerca de cinco horas, até as 21h30, segundo relatou o juiz Marcos William de Oliveira, titular do 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, o qual preside a sessão. Gean Carlos da Silva Nascimento, que emprestou a moto de Cláudio, usada no assassinato de Expedito, entrou com recurso e conseguiu o direito de não ser julgado nesta quinta-feira (7).
Além disso, Gean está foragido, não tendo aparecido desde que foi acusado de envolvimento no homicídio do ex-prefeito de Bayeux, após ter emprestado a moto a Leon Nascimento dos Santos, réu confesso o qual admitiu ter atirado em Expedito, conforme apurou o ClickPB.
Expedito Pereira, ex-prefeito de Bayeux e ex-deputado estadual, foi assassinado em dezembro de 2020, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Ele caminhava em uma calçada quando foi surpreendido pelo atirador. José Ricardo Alves, conhecido como Ricardinho, sobrinho de Expedito, é acusado de ser o mandate do crime, mas nega o envolvimento. Ele teria mandado matar o tio, segundo investigação policial, após tomar posse de dinheiro do ex-prefeito da venda de um imóvel. Ele já teria experiência na gestão das finanças do tio.
O julgamento dos réus presos, Ricardinho e Leon, teve início às 9h30 desta quinta-feira, sob a presidência do juiz Marcos William de Oliveira. O júri popular pode ser acompanhado ao vivo, pelo canal do Tribunal de Justiça da Paraíba no YouTube. A estimativa é que os trabalhos sejam concluídos nas primeiras horas desta sexta-feira (8).
“Esse caso envolve muitos advogados constituídos, são dois réus, além das testemunhas arroladas pela defesa, Ministério Público e assistentes de acusação. Só de debates, serão nove horas. Mas estamos tranquilos em relação aos desenrolar deste caso, que está sendo levado ao Conselho de Sentença. O caso não é complexo, mas trabalhoso”, comentou o juiz Marcos William. Conforme informações dos autos, são cinco testemunhas do Ministério Público; duas dos assistentes de acusação; quatro do réu José Ricardo; e duas do réu Leon Nascimento dos Santos.
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