A Promotoria do caso dos jogadores de lacrosse da Duke University acusados de estupro de uma dançarina contratada para animar uma festa do time da universidade, na cidade de Durham, nos EUA, agora procura um terceiro suspeito. Dois jovens, Collin Finnerty e Reade Seligmann, já haviam sido detidos ontem. Lacrosse é um esporte muito praticado nos EUA, no qual os jogadores formam times de 10 pessoas e usam uma espécie de taco com uma cesta na ponta para segurar uma bola.
“Minha esperança era abrir o processo contra os três estupradores ao mesmo tempo, mas as evidências disponíveis não me permitem fazer isso. É importante não apenas trazer os criminosos à Justiça, mas também acabar com o ar de suspeita em torno daqueles jogadores do time que não tomaram parte no crime”, disse o promotor Mike Nifong à CNN.
Os advogados de defesa dos dois suspeitos presos dizem que vão apresentar evidências provando que nenhum deles estava na festa na qual o estupro ocorreu. Um taxista teria levado um deles até um caixa eletrônico, onde uma câmera teria capturado sua imagem. Este jovem teria ainda um recibo dado pela máquina, comprovando que estava lá naquela hora. O outro jovem estaria em um restaurante no momento do estupro.
Ontem, Seligmann e Finnerty pagaram US$ 400 mil cada um como fiança e saíram da casa de detenção, não sendo obrigados a comparecer à primeira audiência do julgamento.
A vítima, uma estudante de 27 anos da North Carolina Central University, é negra e alega ter sido espancada e estuprada pelos alunos da Duke University, brancos, em uma festa para a qual havia sido contratada como dançarina. O caso reacendeu um histórico conflito racial e social da cidade de Durham, envolvendo as duas universidades.
A North Carolina é uma universidade pública freqüentada pela população pobre e negra da cidade, enquanto a Duke é privada e tradicionalmente escolhida pelos jovens da elite branca e rica. “Nós só queremos que ela (a vítima) saiba que nós estamos aqui para ajudá-la, porque ela está com medo de falar com tanta gente por tanto tempo. É uma moça doce, muito humilde. Uma mulher de 27 anos tentando cuidar de sua família”, disse uma prima da estudante. A vítima tem 2 filhos.
Um dos acusados, Collin Finnerty, havia sido preso em novembro, acusado por agressão física em Washington, segundo o jornal The Raleigh News & Observer. Naquela ocasião, Finnerty teve que prestar trabalho comunitário, e a acusação seria arquivada se ele não cometesse outro crime novamente.
Fonte: Terra
