Coletiva

Duas pessoas são suspeitas de participação na morte do ex-prefeito de Expedito Pereira; um já está preso

A informação foi dada pelos delegados Victor Melo e Emília Ferraz, da Delegacia de Homicídios, na manhã desta segunda-feira (14), durante entrevista coletiva, na Central de Polícia Civil.

Policial reformado foi ouvido na Cidade de Polícia, em João Pessoa.

Policial reformado foi ouvido na Cidade de Polícia, em João Pessoa. (foto: Walla Santos)

Duas pessoas são suspeitas da morte do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira. A informação foi dada em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (14). De acordo com o delegado de Crimes contra  Pessoa, Victor Melo, duas pessoas conduziram a moto utilizada durante o crime. O veículo foi emprestado e por conta disso, as duas pessoas se tornaram suspeitas do crime. 

Uma pessoa foi presa na noite do sábado (12), mas segundo a Polícia Civil, pelo crime de estelionato e já tinha mandado em aberto desde 2016. No entanto, ele é investigado, pois também confessou que usou o veículo. O proprietário da moto foi ouvido e informou que emprestou o veículo. Ele soube do uso da moto quando viu imagens na televisão e questionou uma das pessoas que utilizou o veículo. “Rapaz, eu emprestei a moto e vocês fizeram isso?”, disse o delegado, sobre o depoimento do dono da moto.

De acordo com o delegado, um dos suspeitos descartou a camisa utilizada no dia do crime ainda no bairro de Manaíra como revelaram as imagens de circuito de câmeras das áreas. A camisa será periciada para retirada de material genético e comprovo o responsável pelo crime. As duas pessoas trabalharam na campanha de um sobrinho da vítima.

De acordo com o delegado, conforme o ClickPB acompanhou, os investigadores conseguiram dezenas de imagens e que contou com apoio da Semob-JP e PRF. Foi a partir disso, que os investigadores conseguiram identificar o veículo e o fato do autor ter descartado a camisa. A Polícia Civil ouviu mais de 10 pessoas. Victor Melo ainda disse que há equipes em campo. Segundo ele, as imagens derrubam o argumento do preso. 

Familiares participaram da coletiva de imprensa. “Nós pedimos a Deus que não seja da família porque a ferida será maior. Não quero crer que seja por vingança”, disse Carlos Pereira, sobrinho e advogado, que ainda destacou que “o que nós sabemos que ele [Expedito] ia se encontrar com pessoas pela manhã. Ele tinha dito na manhã seguinte ia se encontrar com uma pessoa”.

Expedito Pereira foi morto na semana passada, dia 09, na Avenida Sapé, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, após ter sido seguido por um homem em uma moto. Ele foi atingido por dois tiros. O ex-político foi assassinado perto de onde reside. Para elucidar o caso, a Polícia Civil coletou imagens de câmeras dos imóveis nas imediações e ainda fez diligências para identificar as características da moto utilizada pelo atirador no momento do assassinato do ex-prefeito de Bayeux.

Além de prefeito de Bayeux, Expedito Pereira também foi vereador da mesma cidade e deputado estadual. Ele era médico gastroenterologista e clínico geral. Foi ainda secretário municipal de Saúde de Santa Rita (1986-1988). Como vice-prefeito de Bayeux (1989-1993, PMDB), assumiu o mandato de prefeito em 1992 após a morte de Lourival Caetano. Prefeito eleito por dois mandatos de Bayeux (1997-2000, PRP-PB; 2001-2002, PMDB-PB). Suplente na legislatura 2007-2011, assumiu o mandato de deputado estadual em março de 2009 na vaga de Iraê Lucena, nomeada secretária estadual de Ação Governamental.

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