O catador morreu ao encostar na parte metálica que estava energizada. (Foto: Reprodução)
Um catador de recicláveis morreu, na madrugada desta sexta-feira (31), ao sofrer uma descarga elétrica em quiosque localizado no bairro de Mangabeira I, próximo ao Trevo das Mangabeiras. A tragédia aconteceu quando ele encostou na parte metálica do quiosque. A perícia esteve no local e constatou que o proprietário, que sofreu assalto recentemente, havia feito uma ligação para evitar que o estabelecimento fosse assaltado novamente.
O perito José Marques, da Polícia Civil, explicou que, por volta 0h15 desta sexta-feira, chegou uma solicitação via rádio e, de imediato, a equipe saiu para atender a ocorrência. Ao chegar lá, a vítima, um jovem identificado como Pedro Henrique, de 26 anos, estava em óbito.
“Passamos a analisar o local, as dependências do quiosque. Verificamos que as estruturas metálicas estavam energizadas a partir de um fio que estava decapado em duas localidades, na parte inferior, que fica em contato com o primeiro ferrolho da porta de acesso ao quiosque, e a segunda parte superior decapada em contato com o segundo ferrolho também dessa porta”, relatou.
A verificação foi feita com um instrumento que mostrou haver condução de tensão elétrica nas estruturas. “Após isso, fomos para o quadro de energia, que fica fora do quiosque, fizemos o desarme do disjuntor, voltamos ao quiosque e, para demonstrar, após desarmarmos, não havia mais condução de tensão elétrica”.
Através da inspeção da vítima no local, a perícia observou que a queimadura pela descarga elétrica próximo às costas. Conforme o perito, a vítima provavelmente sentou, escorou as costas na região metálica e sofreu a descarga elétrica que resultou no óbito.
Hoje, por volta das 11h30, a perícia retornou ao local junto com a delegada Desirré. “A equipe dela abriu o quiosque e foi verificado que a tomada macho estava conectada na tomada fêmea do quiosque, ou seja, essa fiação passava a ser energizada por essa tomada, e a pessoa colocou a parte decapada da fiação em contato com os dois ferrolhos, passando a energizar as partes metálicas do quiosque”. Será elaborado um laudo policial.
“Gostaria de fazer um alerta à sociedade, que não tome esse tipo de atitude porque é uma ação extremamente perigosa. No objetivo de proteger o patrimônio, você acaba colocando em risco algo muito mais valioso que é a vida de um cidadão. Essa não é uma medida de segurança adequada”, ressaltou o perito.
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