Um paraibano que foi preso na última sexta-feira, acusado de assalto, seqüestro e estupro contra estudantes de uma Van, não suportou a série de abusos sexuais sofridos na cadeia de Currais Novos e comentou suicídio durante o final de semana. José Alves de Souza, 40 anos, tinha uma ficha criminal marcada por ousadas ações e estava em liberdade condicional quando voltou a praticar assaltos.
Na última quinta-feira, ele e outros dois acusados entraram em uma Van que seguida da cidade de Patos para Caicó, levando um grupo de estudantes. No meio do caminho eles sacaram revólveres e anunciaram um assalto, tomando 830 reais que o motorista levava.
Mas adiante mandaram que os três rapazes descessem do carro seguiram com as sete jovens que estava no veículo. Obrigaram o motorista a entrar em um matagal, já no município de Caicó e estupraram quatro delas. Enquanto os bandidos fugiam a polícia foi comunicada do fato e começou a montar um cerco na região. Na manhã da sexta-feira, o grupo foi preso na cidade de Parelhas, em uma operação conjunto entre os policiais do Rio Grande do Norte e do Batalhão da PM de Patos.
Como o crime aconteceu no estado potiguar, os presos foram levados para Currais Novos, onde foram autuados em flagrante por assalto, seqüestro e estupro. Em seguida José Alves e seus colegas Francisco de Assis Silva, 22 anos e Josinaldo da Silva Oliveira, de 32, foram levados para a cadeia pública da cidade. Na comunidade carcerária em geral há uma “regra” que diz que o acusado de estupro deve sofrer o mesmo que fizeram com suas vítimas.
Na noite da sexta-feira, os apenados iniciaram as sessões de abuso sexual contra os três acusados. Após ser violentado por vários presos e sabendo que não teria como escapar da “punição”, José Alves cometeu suicídio, de forma ainda não informada pela polícia.
Roubo contra PMs
De acordo com informações da ficha criminal de José Alves, o crime de notoriedade cometido por ele, antes do último, foi um assalto contra policiais da Operação Manzuá, na cidade de Guarabira, registrado há cerca de dois anos. Junto com outros comparsas, ele rendeu os soldados, tomou-lhes as armas, entre elas vários fuzis, e deixaram os militares amarrados dentro do mato.
José acabou sendo preso semanas depois e foi levado para o presídio Serrotão, em Campina Grande, onde cumpriu parte da pena, até conseguir a liberdade provisória e voltar a praticar delitos.
