O vereador do município de Bayeux, Fábio Lira (PSDB), pode perder o seu mandato nos próximos dias, caso não comprove que reside no município cujo prefeito é o peemedebista Jota Júnior. Pelo menos é o que diz o presidente da Câmara, vereador Gegê (PPS), em entrevista exclusiva ao portal ClickPB na tarde desta terça-feira (06). “Nós recebemos uma denúncia do suplente de vereador, João Batista, de que Fábio supostamente não moraria em Bayeux, situação que fere a Lei Orgânica Municipal e resolvemos montar uma comissão do Legislativo para apurar o caso”, revelou.
O prazo, segundo Gegê, para que a comissão de três vereadores, presidida por Flávio José (PRB), conclua as investigações e apresente o relatório é de 30 dias a contar da data de sua formação. Como já transcorreram oito dias do início dos trabalhos da comissão, calcula-se que Fábio teria 22 dias para comprovar que possui residência fixa na cidade, lembra Gegê.
O presidente, empossado no dia 1º de janeiro deste ano, afirmou que Lira ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
Caso ocorra a cassação de Lira, pode se dizer que o vereador está vivendo um período pra lá de problemático em sua carreira política, já que o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba cassou no dia 28 de dezembro do ano passado, a liminar da Juíza Manogledes Ribeiro que reconhecia a antecipação da reeleição do vereador Fábio Lira (PSDB) para presidência da mesa diretora da Câmara Municipal de Bayeux. A decisão do desembargador Júlio Paulo Neto (então presidente do TJ/PB) pegou de surpresa até os funcionários da Câmara que já tinham realizado a distribuição dos convites de posse de Lira para o dia 1º de janeiro.
Segundo fontes ligadas a Câmara, na época, os vereadores resolveram antecipar a eleição da mesa e Lira para continuar no comando da Casa, porém após uma consulta do vereador Flávio José (presidente da comissão) ao regimento interno do Legislativo, se constatou que uma resolução anterior a que antecipou a reeleição de Lira, impedia a antecipação do pleito. Após a conclusão, os demais membros da mesa resolveram voltar atrás, para que fosse realizada uma nova escolha, mas Lira foi contrário e acabou tentando garantir na Justiça a sua permanência no cargo.
O resultado é que além de perder a presidência, Lira pode chegar a ficar sem mandato.
Janildo Silva
ClickPB