Populares registraram este fim de semana os possíveis primeiros casos de “peixe-leão” encontrados em território paraibano.Conforme trouxe o ClickPB, em setembro de 2022 uma pesquisadora Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) alertou sobre a possibilidade da espécie ser encontrada na Paraíba. No último domingo (02) foram encontrados prováveis exemplares em Jacumã e em João Pessoa. Ambos os casos a uma certa distância da orla. A espécie possui espinhos venenosos, não letais para seres humanos mas que fazem grande estrago na fauna marinha.
“Aí galera, o peixe leão aí. Aqui na Paraíba. No mar de Jacumã, aqui”, diz popular em trecho de vídeo compartilhado nas redes sociais. Segundo consta nas imagens, este exemplar do animal venenoso foi encontrado por uma pessoa que realiza passeios náuticos na região. O registro ocorreu às 8h35. Já o da costa de João Pessoa, foi capturado por um pescador natural da região do Seixas, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Ação (Inpact), organização não-governamental.
A espécie de peixe é natural da Ásia, mas alcançou o oceano atlantico a partir do Caribe e já tinha sido encontrada ao longo da costa brasileira. Esta dispersão do animal é motivo de preocupação por pesquisadores do mundo inteiro. Conforme apurou o ClickPB, o peixe é uma das espécies que causa maior dano à fauna marinha local durante seu processo de invasão. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) isso ocorre porque essa espécie é predadora generalista, ou seja, apresentam capacidade de consumir grande quantidade de peixes nativos, podendo até mesmo causar a extinção dos peixes locais.
Segundo o ICMBio, o animal pode atingir até 47 centímetros e ocorrer entre dois e 300 metros de profundidade. A fêmea pode produzir até 30 mil ovos. O peixe-leão possui 18 espinhos venenosos. Em cada nadadeira pélvica e três na nadadeira anal, sendo esses capazes de emitir uma toxina capaz de causar náusea, dor e convulsões em humanos. Ele também apresenta como características raios prolongados em suas nadadeiras laterais e ventrais, e é mais ativo ao amanhecer.
Nos locais em que ele é localizado, a sua contenção é feita por meio de armadilhas.A toxina não é letal, mas pode causar dor intensa, náuseas e inchaço no local. Segundo pesquisadores do Observatório Costeiro e Marinho do Ceará, o peixe-leão não representa, até agora, perigo para banhistas. 70% dos acidentes registrados no Caribe estavam relacionados à pesca. | Veja vídeo dos possíveis casos registrados na PB: