Paraíba

SOS Descanse em Paz II: insegurança encabeça a longa lista de problema

Primeiro semestre de 2006 já registra o dobro de ocorrências do ano passado

“Uma visita aos principais cemitérios de João Pessoa e a sensação de “descanse em paz” é descartada. Lixo a céu aberto, ossos expostos, roubos freqüentes e má conservação dos túmulos, poluem o cenário que deveria ser de paz e tranqüilidade. Além da sujeira habitual e má conservação, os mausoléus são alvos de vândalos que quebram ou roubam santuários e imagens.”

Há 15 dias a reportagem “SOS Descanse em paz: Lixo, superlotação e falta de segurança nos cemitérios de João Pessoa denunciava” a “fase negra” por que passava os cemitérios da Capital. O problema agora está se tornando crônico. Os alvos não são mais mausoléus ou santuários, mas pessoas.

No último domingo (16), o Cemitério Senhor da Boa Sentença presenciou como a ação de meliantes se fortalece na ausência da ação preventiva ou até mesmo remediada do poder público. Durante a realização de um sepultamento, três menores, armados com facas, renderam os presentes e, sem cerimônia, furtaram relógios e celulares. A Polícia Militar foi acionada imediatamente, mas não conseguiu prender, nem ao menos identificar os infratores que se evadiram para a Favela Cangote do Urubu, antigo lixão do cemitério, que também por ausência de mediadas preventivas se transformou no que é.

O administrador do Boa Sentença, Alberto Grisi havia relatado as péssimas condições do cemitério, sem manutenção geral há 15 anos. “Ao fundo temos uma passagem direta para o Cangote do Urubu e outra lateral para o Renascer I. Isso aconteceu com a derrubada dos muros e quebra dos portões. Toda semana colocamos cadeados e correntes, mas a comunidade quebra, não temos como realizar a vigilância básica e coibir este tipo de atitude”. E o pior os infratores sabem disso.

Para Grisi duas medidas, sairiam da ação paliativa e ajudariam a resolver definitivamente o recrudescimento da falta de segurança nos cemitérios pessoenses – o aumento do efetivo da guarda municipal, que atualmente é composta por 2 homens desarmados por noite e dois homens pela manhã “por volta dos 55 anos”, também desarmados; e a recuperação da estrutura física dos cemitérios, principalmente dos muros e portões que dão acesso as referidas comunidades, no caso do Boa Sentença.

Na última segunda-feira (17), o administrador se reuniu com o secretário de Desenvolvimento Urbano Municipal, Guilherme Nascimento para solicitar as ações e sugerir um convênio com a Polícia Militar para vistoria principalmente durante os feriados e finais de semana pela manhã, quando costuma ocorrer a maioria das ocorrências. “Durante todo o ano passado, tivemos dois furtos a pessoas, e agora em 2006, só até domingo, menos da metade do ano, já tivemos três. O primeiro durante a realização de um sepultamento. Essa situação é extremamente preocupante e pedimos para que a Sedurb, responsável pela administração dos cemitérios, atenda o mais rápido nossas solicitações”, apela Grisi.

O Boa Sentença possui área de quase 5,5 hectares, e além da falta de segurança enfrenta problemas de superlotação, falta de higiene e redução de pessoal: “Já pedimos à Secretaria de Desenvolvimento que viabilizasse pessoal de serviços gerais, mas eles dizem que não tem gente disponível, só por meio de concurso ou terceirização”, finaliza Alberto Grisi.


Lívia Falcão
ClickPB

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