A Orquestra Sinfônica da Paraíba faz mais uma homenagem ao compositor paraibano Sivuca, falecido na última quinta-feira em João Pessoa . A missa está marcada para as 19 horas, na Igreja São Francisco. O governo do Estado está convidando toda ´família paraibana´ participar da homenagem ao “nosso poeta dos sons”.
O talento de Sivuca, nascido Severino Dias de Oliveira, em 1930, em Itabaiana-PB, se manifestou precocemente. Aos 9 anos já animava casamentos e festas pelo interior. Aos 15 foi tentar a sorte em um programa de calouros, em Recife, tocando, entre outras, Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, música que gravaria, anos depois, em seu primeiro disco.
Estudou harmonia com o maestro Guerra-Peixe e foi parar em São Paulo pelas mãos da cantora Carmélia Alves. Trabalhou em dezenas de programas de rádio e foi do elenco fixo da TV Tupi de 1955 a 1959. Em 1958, foi representar o Brasil na Europa, juntamente com músicos como Abel Ferreira e o Trio Iraquitã. Morou quatro anos em Paris, de 1960 a 1964 e, em 1965, já estava nos Estados Unidos para integrar, como guitarrista, o conjunto de Miriam Makeba, famosa pela gravação de Pata Pata. Com ela viajou pela África, pela Europa e pela Ásia. Foram mais de dez anos acompanhando músicos de todas as vertentes e dirigindo musicais nos EUA.
Voltou ao Brasil, em 1975, e gravou o belo Sivuca e Rosinha de Valença. Também compositor de mão cheia, compôs clássicos como Feira de Mangaio, com a mulher Glorinha Gadelha, sucesso na voz de Clara Nunes, e João e Maria, com Chico Buarque. Gravou com os gaitistas Toots Thielemans , Rildo Hora e interpretou Pixinguinha, Luperce Miranda e Bach.
O DVD “Sivuca – O Poeta do Som” é o mais recente trabalho realizado por Sivuca, lançado em novembro deste ano. Curiosamente seu primeiro trabalho lançado em DVD acabou se transformando também em seu último trabalho. “O Poeta do Som” foi gravado em julho de 2005 no Teatro Santa Roza e no Cine Bangüê, em João Pessoa.
Aos 76 anos, Sivuca era sem dúvida um dos mais talentosos músicos em atividade no mundo. Viveu 67 anos tocando sanfona e deixa uma herança valiosa para a Paraíba e para a mús