Os servidores do município de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, continuam nesta quinta-feira (02) a paralisação de advertência com objetivo de conseguir melhores condições de trabalho.Conforme trouxe o ClickPB, a medida foi tomada após uma assembleia realizada no mês passado, com a participação de professores, agentes comunitários de saúde, enfermeiros e outros profissionais. Hoje (02), além da paralisação, está sendo realizado um protesto em frente a sede da prefeitura.
De acordo com Germana Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux, a expectativa do sindicato é que ao menos 100 profissionais participem do ato. Atualmente, Bayeux tem cerca de 1.200 servidores efetivos, porém alguns estão afastados por licenças. “Precisamos deixar os 30% garantidos em serviço. Ontem a gente teve uma boa adesão, com mais de 90 seervidores, pelo horário. O quadro de profissionais efetivos a tarde é muito pequeno, já pela manhã é bem maior. Mas a gente espera que esse número aumente”.
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A administração municipal, ao menos através de uma secretária, já tem sinalizado que estão preparando uma proposta para conversar com o sindicato. Porém, o Sintramb espera que a proposta saia do papel. “A gente só aceita conversar já com a proposta apresentada para a gente negociar. Porque já tentamos desde o ano passado e não dá para gente ficar só na conversa, só no diálogo, sem apresentar nenhuma proposta concreta. Só fizeram promessa”, disse em entrevista ao ClickPB.
Os servidores têm interesse em realizar o diálogo diretamente com a prefeita. “Com a prefeita. Porque quem responde pela prefeitura é ela. Mesmo que o caminho para a gente dialogar seja através de um secretário que esteja trazendo a proposta, se a categoria acolher a proposta, a gente quer a presença dela porque quem dá a palavra é ela”.
Greve segue mantida
Questionada pela reportagem se a greve prevista para iniciar no próximo dia 06 está mantida, Germana Vasconcelos confirmou que irá ocorrer, pois não houve nenhum tipo de avanço. “Não houve nenhum tipo de avanço. O fato deles falarem que querem conversar, negociar, a gente não vai suspender não. A gente vai suspender, se a categoria quiser, é quando apresentarem uma proposta e levarem para a base”.
Ela reforçou que apesar da participação do sindicato, quem suspende a greve são os trabalhadores e que no movimento são garantidos os 30% do funcionamento do quadro de servidores, para que não haja interrupção de serviços à população. ” A gente pensa também na população, porque não é só reivindicar os direitos dos trabalhadores”.
Órgãos públicos não têm o básico, diz sindicalista
Durante a entrevista, Vasconcelos detalhou que no município há diversos órgãos públicos que estão com falta do básico, até mesmo papel higiênico. “Se você der uma olhada nas nossas redes sociais, pra você ver o que a gente vem denunciando das instituições, dos órgãos públicos, sucateados, sem papel higiênico, sem condições dignas, de atender a população” acrescentou.
“A nossa reinvidicação não é só salarial é por condições dignas de trabalho. Como você trabalha num ambiente sem nenhum ventilador, cheio de mofo?” questionou.