Com a proximidade da Semana Santa, aumenta cada vez mais o consumo de produtos como peixe e vinho. Manda a tradição que o católico se abstenha da carne vermelha nesse período, estando autorizado apenas o consumo de peixes ou crustáceos. O vinho representa o ‘sangue’ de Jesus Cristo, presente na Eucaristia.
Em João Pessoa, o preço do quilo do Bacalhau, peixe seco e salgado, pode chegar a R$ 61,67. O mais em conta não sai por menos de R$ 16,00. Uma garrafa de um bom Vinho do Porto, custa em média R$ 26,00 nas boas lojas da cidade. Mas as ofertas aumentam à medida que se aproxima o período propriamente dito da Semana Santa, ainda chamada pelos mais antigos de “Semana Gorda”.
O Mercado da Torre, Mercado Central e a feira de Oitizeiro (avenida Cruz das Armas) são alguns pontos onde se concentram a venda de peixes neste período. Além de aumentar a oferta de produtos em todos os outros estabelecimentos do gênero, como grandes supermercados e mercadinhos de bairro. Fazendo-se uma ressalva em relação aos pequenos comerciantes, que muitas vezes optam por não venderem peixe, pois a conservação do produto é muito complicada, e muitas vezes o risco não compensa, segundo informam alguns deles.
O Pescado pode sair a R19,00 o quilo, e a Tilápia por R$ 9,23. Enquanto o vinho mais barato, estilo popular, pode sair por R$ 3,76 a garrafa com 9000ml, ou R$ 8,32 com 2600ml. Para os paladares mais refinados, e bolsos mais abastados, não faltam ofertas de bons produtos nas prateleiras nessa época do ano. Para todos os gostos. Secos, suaves, mais caros e mais baratos. É só escolher.
Mudança de Hábitos – Segundo Adelsídio Júnior, 38 anos, conhecido como ‘Irmão do peixe’, há seis anos instalado em um dos boxes que vendem peixes no mercado central, o consumo caiu muito nos últimos tempos. São cerca de 30 lugares destinados à venda de carne e 10 para a venda de peixe, no local. Para se ter uma idéia, ele informa que o seu faturamento, de 2005 para cá, caiu em 50%. E ele não se refere apenas à este período.
Ele conta que ultimamente, as vendas melhoram apenas na primeira semana de cada mês, período em que a população costuma receber o seu salário mensal. “A gente passa três semanas com o faturamento mais ou menos, e uma boa. Antes era o contrário”, acrescenta. Ele lembra que o movimento começou a ficar fraco há cerca de três anos.
Os peixes mais vendidos por Adelsídio, todos de água salgada, são a Corvina e a Pescadinha (R$ 6,00kg) e o Agulhão (R$ 8,50kg). O comerciante acredita que a queda nas vendas nesse período, deve-se à mudança de hábitos das pessoas. Os jovens estariam deixando de seguir as tradições da Igreja, assim como o aumento do número de protestantes, que não seguem esses rituais, e estariam contribuindo para essa alteração no comportamento das pessoas em relação ao consumo de um produto típico da Semana Santa, o peixe.
Semana Santa – Durante a Semana Santa, a Igreja Católica celebra os mistérios da reconciliação, realizados pelo Senhor Jesus nos últimos dias da sua vida, começando por sua entrada messiânica em Jerusalém. Entre todas as festividades da Igreja, esse é o período considerado o núcleo do ano litúrgico e o cerne da vida dos cristãos o Tríduo Pascal – Quinta (13), Sexta (14) e Domingo de Páscoa (16).
O tempo da Quaresma se prolonga até a Quinta-feira da Semana Santa. A Missa Vespertina da Ceia do Senhor é a grande introdução ao santo Tríduo Pascoal. O Tríduo Pascual tem início na Sexta-feira da Paixão, prossegue com o Sábado de Aleluia, e chega ao ápice na Vigília Pascual terminando com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
Domingo de Ramos – O Domingo de Ramos, este ano comemorado no dia 09 de abril, abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da paixão, da entrada de Jesus Cristo em Jerusalém.
A Quinta-feira Santa – A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no mistério da Paixão de Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo. Celebrando alegria de saber que esta morte do Senhor, que não terminou no fracasso, mas no êxito, teve um por quê e um para quê: uma ‘entrega’.
Sexta-feira Santa – A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
Lilla Ferreira
ClickPB
Semana Santa pede um cardápio regado a vinho & peixe
As ofertas de vinhos e peixes aumentam na medida em que se aproxima a Semana Santa
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