A secretária de Saúde de João Pessoa, Roseana Meira, lançou a campanha de combate a Aids no auditório do Centro Administrativo Municipal, em Água Fria na manhã desta quarta-feira, 3. Roseana negou esteja acontecendo demissões na secretaria e anunciou concurso público para Saúde até o mês de julho.
Sobre a campanha foi apresentado um estudo feito pela secretária que traçou o perfil epidemiológico da doença em João Pessoa. Entre 1985 e 2006 foram registrados 869 casos de HIV/Aids na Capital paraibana, a incidência da doença vem caindo na cidade desde 2004.
O tema da campanha que foi lançada hoje é “João Pessoa, Cuida e Respeita”. Segundo a secretária, a campanha tem como foco principal os públicos Jovens e Idosos não esquecendo os demais públicos. “Sabemos que a Aids é uma doença que não escolhe nem cor, nem classe social e nem idade, mas temos que ter uma atenção especial com o público jovem e com os idosos que são classes que apresentam certa resistência ao uso do preservativo”.
Com relação ao tema levantado pelo portal Clickpb, as demissões da secretaria de Saúde, Roseana negou que haja demissões e disse que o que está acontecendo é que os contratos dos prestadores dos serviços vencem em dezembro e alguns não serão renovados. “Isso não está sendo feito de maneira irresponsável. Foi feito um planejamento e em nada será afetado o atendimento nos hospitais”, revelou. A secretária disse ainda que até o mês de julho deste ano deve acontecer um concurso público para a área de saúde.
Números da Aids em João Pessoa
Segundo dados do estudo apresentado pela secretaria durante lançamento da campanha de combate a Aids, os bairros mais atingidos pela doença são o Centro e Tambiá, com 5,7 e 3,3 casos respectivamente. A faixa etária mais atingida está entre 20 e 49 anos e a maioria dos infectados ainda é do sexo masculino.
Entre as crianças foram registrados 20 casos na cidade, o primeiro caso em 1997 e a faixa etária mais atingida entre as crianças é de 1 a 4 anos. Entre as gestantes as mulheres que têm entre 20 e 34 anos são as mais atingidas e os números neste grupo aumentaram muito a partir de 2005, quando passou a ser exigido o exame de HIV durante da gravidez.
E por fim o tempo de vida entre as pessoas infectadas vem crescendo graças a evolução no tratamento com a chegada do coquetel no tratamento. No inicio da doença o tempo médio de vida de uma pessoa com Aids era de dois anos, hoje já existe pessoas convivendo com a doença há nove anos.
Marcos Wéric
Clickpb